Tríduo Pascal: “Nossa esperança está enraizada na ressurreição de Cristo”

A Igreja iniciou, no último domingo (13/04), a Semana Santa, com a celebração dos Ramos da Paixão do Senhor. Nesta semana está o ápice do Ano Litúrgico e momento central da fé católica: o Tríduo Pascal. “Neste ano jubilar, somos chamados a redescobrir o significado da nossa jornada como Igreja missionária e sinodal. O Jubileu nos convida a renovar a fé e o Tríduo Pascal nos lembra que nossa esperança está enraizada na Ressurreição de Cristo”, afirma dom Luiz Fernando Lisboa, arcebispo de Cachoeiro do Itapemirim (ES).
Iniciando a semana, a Liturgia do Domingo de Ramos recorda a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém. Nos primeiros dias da Semana Santa (segunda, terça e quarta-feira), as leituras consideram o mistério da paixão. Na Missa do Crisma, as leituras sublinham a função messiânica de Cristo e sua continuação na Igreja, por meio dos sacramentos. Já o Tríduo Pascal, que tem início na quinta-feira, culmina com a vitória de Cristo sobre a morte.
Os subsídios “Igreja em Oração” e “Semana Santa 2025“, oferecidos pela Edições CNBB para conduzir as comunidades no seu caminho rumo à Páscoa, apresentam os pontos centrais da celebração de cada dia do Tríduo Pascal.
Quinta-feira Santa
Com a celebração da Ceia do Senhor, acontece o início do Tríduo Pascal, no qual se faz a memória da morte, da sepultura e da Ressurreição de Jesus. É a “passagem do Senhor que, em uma ceia judaica, nos deu a nova Ceia, memoria de sua entrega total”, sublinha o subsídio “Igreja em Oração”. Nessa Missa, a Igreja também celebra a instituição da Eucaristia, do mandamento do amor e do sacerdócio. O gesto do lava-pés ensina a estar a serviço uns dos outros, na caridade, unidade e humildade.
Ao final dessa celebração, há a Transladação do Santíssimo Sacramento, numa procissão até o lugar da reposição, preparado em alguma parte da Igreja ou numa capela convenientemente ornada. Ali, é rezado o Ofício da agonia do Senhor.
Sexta-feira da Paixão do Senhor
A Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado.
A sexta-feira é dia de jejum e abstinência. Na celebração da Paixão, às três horas da tarde, são três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. O altar deve estar totalmente despojado, sem cruz, castiçais ou toalha.
Da sexta até o sábado, a Igreja não celebra os sacramentos, com exceção da Penitência e da Unção dos Enfermos. O convite é que os cristãos celebrem “envoltos tanto pelo mistério da Cruz quanto pelo sofrimento do Cristo que prepara o gozo pascal”.
Sábado Santo
Pela manhã, a motivação é que seja meditado o “Ofício da manhã no Sábado Santo”, rezado na igreja despojada, sem velas, flores ou cruz.
À noite, há a Vigília Pascal na Noite Santa, “uma vigília em honra do Senhor, segundo antiquíssima tradição”. Essa vigília é a mais sublime e nobre de todas as Solenidades: após a celebração da luz e da proclamação da Páscoa, há a meditação das maravilhas que Deus realizou desde o início para seu povo que confia em sua Palavra e sua promessa, até que ao despontar da manhã, com os novos membros que renasceram no Batismo, ela é convidada à mesa que o Senhor preparou para o seu povo: o memorial de sua morte e ressurreição, até que Ele venha.
Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.
A Liturgia apresenta a pregação de Pedro sobre o ministério de Jesus e sua ressurreição (At 10); o salmo 117 (118) proclama “Este é o dia que o Senhor fez para nós”. O Evangelho narra a ida dos discípulos ao túmulo de Jesus (Jo 20): “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos”.
Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança. Cristo vive e está presente entre nós!
Participar e renovar a esperança
Para dom Luiz Fernando Lisboa, é fundamental que os fiéis participem das cerimônias do Tríduo Pascal, dando especial atenção aos símbolos e significados de cada uma delas.
“A Eucaristia, instituída na Quinta-feira Santa, nos fortalece e compromete; a Paixão de Cristo, celebrada na Sexta-feira Santa, nos reconcilia e nos faz mais sensíveis aos sofrimentos dos pobres e da terra; e a Ressurreição, proclamada na Vigília Pascal, nos dá a força necessária para lutar pela vida em abundância. Dessa forma, o Tríduo Pascal nos ensina a viver a esperança de forma concreta, renovando nossa confiança em Deus, que caminha conosco, ao nosso lado, em busca da plenitude da vida”.
(Fonte: Portal CNBB)
Confira a programação da Semana Santa 2025 em Itu:
Programação por paróquia:
- Paróquia Nossa Senhora Aparecida
- Paróquia Nossa Senhora da Candelária
- Paróquia Sagrada Família
- Paróquia São Camilo de Léllis
- Paróquia São Cristóvão
- Paróquia São João Batista
- Paróquia São José
- Paróquia São Judas Tadeu
- Paróquia São Luís Gonzaga
- Paróquia Senhor do Horto e São Lázaro
Programação por dia:
- Sábado (Ramos) – 12/04
- Domingo de Ramos – 13/04
- Segunda-feira Santa – 14/04
- Terça-feira Santa – 15/04
- Quarta-feira Santa – 16/04
- Quinta-feira Santa – 17/04
- Sexta-feira Santa – 18/04
- Sábado Santo – 19/04
- Domingo de Páscoa – 20/04
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