Quando falamos em cerveja produzidas por monges da igreja católica, a mais importante e conhecida é a ordem dos monges trapistas.
Unidos através da International Trappist Association, ou Associação Internacional Trapista, 21 monastérios de monges e freiras produzem uma grande variedade de produtos como pães, queijos, chocolates, geleias, licores, vinhos e… cerveja! Todos os monastérios da associação são da Ordem Cisterciense da Estrita Observância e seguem os ensinamentos de São Bento.
Conforme as normas da associação a cerveja deve ser preparada dentro da abadia pelos monges ou sob sua supervisão, com práticas de negócio próprias do modo de vida monástico. Além disso, a cervejaria não deve ter prioridade sobre o trabalho primário do monastério e seu modo de vida, e deve ser produzida sem fins lucrativos. Os lucros obtidos com a venda de todos os produtos são revertidos para a manutenção e reforma de todas as abadias e mosteiros trapistas ao redor do mundo, como também para todas as obras sociais a eles relacionados.
Apesar de existirem mais de 170 mosteiros trapistas ao redor do mundo, apenas os monastérios que pertencem à associação são autorizados a utilizar o selo de autenticidade trapista, portanto apenas as cervejas produzidas nestes monastérios podem ser oficialmente declaradas cervejas trapistas. O selo garante ao consumidor a origem trapista de produtos com critérios bem definidos
Dentre os monastérios da associação, atualmente 14 deles produzem e comercializam cervejas, localizados na Bélgica(6), Holanda(2), Áustria(1), França(1), Estados Unidos(1), Itália(1), Espanha(1) e Inglaterra(1). Muitos desses rótulos são conhecidos pelos cervejeiros, e também estão disponíveis para venda em vários países, inclusive no Brasil. Dentre eles podemos destacar as mais conhecidas: Orval, Chimay, Rochefort, La Trappe e Westmalle.
Dentre os estilos de cerveja mais produzidos pelos trapistas podemos citar as Belgian Strong Ale, Belgian Dubbel, Belgian Tripel e Belgian Quadrupel, que conforme o próprio nome nos diz, são originárias da Bélgica, país onde se encontram a maioria dos monastérios.Mas também podemos encontrar rótulos de outros estilos como Witbier, Weiss e Imperial Stout.