Como entender e viver bem o Ano Santo Jubilar
Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Jubileu 2025 será aberto pelo Papa Francisco nesta terça-feira, 24 de dezembro, no Vaticano. Em todo o mundo, as dioceses realizam a abertura do ano jubilar no domingo seguinte, 29 de dezembro.
(Foto em destaque: Papa Francisco abre a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia, em 2015. / Vatican Media)
A palavra “jubileu” tem origem relacionada historicamente ao nome em hebraico yobel, o chifre de carneiro que era usado para marcar o início do ano particular que era convocado a cada 50 anos, como contado no livro do Levítico (cf. Lv 25, 8-13). Esse ano era uma ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra.
Na história da Igreja Católica, o primeiro Jubileu foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII, no ano 1300, iniciando uma tradição que se estende até hoje. O Jubileu de 2025, chamado de Jubileu da Esperança, será marcado por um período especial de perdão, reconciliação com Deus e renovação espiritual.
O que o Jubileu nos lembra?
“A esperança não engana” (Rm 5, 5). A mensagem da Carta de São Paulo aos Romanos é o título da Bula de Proclamação do Jubileu, destacando a esperança como sua mensagem central.
“O Jubileu nos lembra que somos todos caminhantes nesta terra, guiados por uma promessa maior”, disse Dom Jailton de Oliveira Lino, bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas (BA). Segundo ele, o conceito de Jubileu presente no Livro de Levítico vai além de um tempo de festa: “É um chamado à libertação, ao perdão das dívidas, à reconciliação e ao restabelecimento de uma ordem mais justa”.
Como viver o jubileu
“Os símbolos, as preces e os ritos jubilares servem como prelúdio para uma rica experiência de graça, de misericórdia e de perdão”, explica o arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Justino de Medeiros Silva, que coordena a equipe de animação do Jubileu no Brasil.
“Ser um peregrino de esperança é assumir um caminho espiritual que envolve não apenas a busca de lugares sagrados, mas também uma atitude de renovação interior e compromisso com a transformação pessoal e social”, destaca Dom João Justino.
No Ano Jubilar (2025), a peregrinação representa um elemento fundamental, como explicou o Papa Francisco: “Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade.”
“Os fiéis que visitarem uma igreja de peregrinação jubilar podem receber indulgências, desde que cumpram determinadas condições, como a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração pelas intenções do Papa”, detalha dom João Justino.
Embora a Porta Santa seja um dos símbolos do Jubileu, ela será aberta somente em cinco locais: um no Vaticano e quatro em Roma. “A característica central e maior graça do Jubileu são as indulgências e não a passagem pela Porta Santa. Portanto, a verdadeira ‘Porta Santa’ do próximo Jubileu será o confessionário”, reforça dom João Justino.
Em Roma, serão realizados os grandes eventos do jubileu, como a abertura e as diversas peregrinações. Cada diocese também está preparando celebrações e eventos. Procure conhecer e participar da programação, seja presencialmente ou acompanhando pelos meios de comunicação.
(texto adaptado de Portal CNBB)
Veja também:
- Natal: nasce o Menino Deus, esperança da humanidade!
- Natal: nasce a Esperança!
- Jesus Cristo, nossa Esperança!
- Quem se considera justo não se renova
- Jubileu 2025: “Peregrinos da Esperança”
- “Um Jubileu de Esperança”
- Como entender e viver bem o Ano Santo Jubilar
- Ele será chamado Deus Conosco
- Sim, o homem moderno também precisa de um Salvador
- Mensagem de Natal da Diretoria do Jornal A Federação
- Conto de Natal
- Meu Natal revivido!
- Missas e celebrações de Natal e Ano Novo – programação