Solenidade de  São Pedro e São Paulo
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Diác.Ézio Benedito Ribeiro
Paróquia Senhor do Horto e São Lázaro

“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”

Evangelho (Mt 16,13-19)

A liturgia de hoje convida-nos a refletir sobre São Pedro e São Paulo, e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projeto libertador de Deus.
O Evangelho convida-nos a responder Quem é Jesus? O que é que “os homens” dizem de Jesus? Muitos viam Jesus como um homem bom, generoso, atento aos sofrimentos dos outros, que sonhou com um mundo diferente; outros viam em Jesus um admirável “mestre” de moral, que tinha uma proposta de vida “interessante”, mas que não conseguiu impor os seus valores; Outros viam em Jesus um admirável condutor de massas, que acendeu a esperança nos corações das multidões carentes e órfãs, mas que passou da moda; Outros, viam em Jesus um revolucionário, ingênuo e inconsequente, preocupado em construir uma sociedade mais justa e mais livre, que procurou promover os pobres e os marginalizados, mais que foi eliminado pelos poderosos. Estas visões apresentam Jesus como “um homem”, embora “um homem” excepcional, que marcou e deixou a sua pegada na história. Mas para os apóstolos, Jesus foi bem mais do que “um homem”. Ele foi e é “o Messias, o Filho de Deus vivo”. Definir Jesus dessa forma significa reconhecer em Jesus o Deus que o Pai enviou ao mundo com uma proposta de salvação e de vida plena, destinada a todos os homens.
A proposta que Jesus apresentou não é, apenas, de “um homem” bom, generoso, que podemos admirar aceitando ou não; mas é uma proposta de Deus, destinada a tornar cada homem ou cada mulher uma pessoa nova, capaz de caminhar ao encontro de Deus e de chegar à vida plena da felicidade sem fim.
A diferença entre o “homem bom” e o “Messias, Filho de Deus”, é a diferença entre alguém a quem admiramos e que é igual a nós, e alguém que nos transforma, que nos renova e que nos conduz para a vida eterna e verdadeira. “E vós, quem dizeis que Eu sou?” É uma pergunta que de forma constante, deve ecoar nos nossos ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não significa conhecer a catequese ou a teologia, mas sim interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na minha vida. Responder a esta questão leva-nos a pensar no significado que Cristo tem na nossa história de vida, na atenção que damos às suas propostas, na importância que os seus valores têm nas nossas opções, no esforço que fazemos ou que não fazemos para O seguir. Quem é Jesus para mim? Que lugar ele ocupa na minha vida? Pedro e Paulo deram a resposta para que nós possamos seguir os exemplos deixados por eles.

Deus abençoe a todos!