Diác. Paulo Halter
Paróquia Nossa Senhora da Candelária

“Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.”

Evangelho (Mt. 28,16-20)

Meus irmãos e irmãs em Cristo, após as celebrações do Tempo Pascal, hoje a liturgia nos convoca a celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade que é “Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito Santo”. Esta solenidade não é um convite a decifrar o mistério de “um Deus em três pessoas”; mas um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e, por amor, Ele convida-nos a fazer parte dessa comunidade que é a família trinitária.
O Evangelho de hoje nos apresenta os discípulos que vão à Galileia para o monte onde Jesus indicado e recebem de Jesus sua missão: ir e fazer discípulos do Senhor todos os povos, “Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo”. Os discípulos de Jesus recebem a missão de testemunhar a sua proposta de vida no meio do mundo e são enviados a apresentar a todos os homens e mulheres, sem exceção, o convite de Deus para integrar a comunidade trinitária. Portanto o Evangelho nos mostra ainda que ser batizado é estabelecer uma relação pessoal com a comunidade trinitária. No dia em que fomos batizados, comprometemo-nos com Jesus e criamos um vínculo com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A missão que Jesus confiou aos apóstolos de introduzir todos os homens na família de Deus é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculo para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Todos nós homens e mulheres, sem exceção, têm lugar na família de Deus. Por tudo isso e pelo nosso batismo devemos ter a consciência de que Jesus nos envia em missão para anunciar o amor de Deus.
Num mundo onde Deus nem sempre faz parte dos planos e das preocupações dos homens, testemunhar o amor de Deus e apresentar aos homens o convite para integrar a família de Deus é um enorme desafio. O confronto com o mundo gera muitas vezes em cada um de nós seus discípulos contemporâneos a desilusão, o sofrimento a frustração. No entanto são nestes momentos de decepção e de desilusão que convém recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.
A celebração da Solenidade da Santíssima Trindade deve ser, sobretudo, a contemplação de um Deus que é amor e que é o Pai amoroso e amigo de todos nós que somos seus filhos e herdeiros. A vida do Deus que é amor é comunicada às pessoas e repartida com todos para trazer a felicidade e a libertação, até que os homens e toda a criação de Deus participem de seu amor por toda a eternidade.
Que o Deus Todo
Poderoso os abençoe.