Natal: o mistério do amor de Deus
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Diácono Tadeu Italiani

Chegamos a mais um Natal. Feliz Natal! Está é a celebração em que se celebra o amor de Deus pela humanidade. É a festa humana, mas que foi assumida pela Palavra de Deus, pois o Verbo se encarnou entre nós (menos no pecado), e trouxe-nos a salvação a um povo que andava nas trevas do pecado.

Ao olhar para o presépio, vemos uma simples cena da qual emana um grandioso mistério para nós cristãos e que dá sentido à nossa vida. A singela manjedoura nos traz a sacralidade e a divindade que o homem deveria incorporar em sua vida e viver a partir dela, criando ambientes mais dignos que valorizem o próximo.

No Natal deveríamos recordar com maior relevância dos pobres, sofredores e desempregados, e irradiar com ações concretas o mistério do amor que se encontra na noite santa. Nosso Natal não pode ser feliz, se não for compassivo, bondoso e generoso para com o nosso próximo, caso contrário se entorpecerá do vazio dos prazeres momentâneos que o mundo oferece.

O advento de Cristo no mundo preenche esse vazio e cobre os sinais externos com verdadeiro amor e paz que vêm de Deus. Jesus nasce em uma manjedoura e dela emana a plenitude de Deus, que deve penetrar em nossas vidas para dar sentindo à nossa existência e, desta forma, conduzir-nos à nossa caminhada terrena, alimentando alegremente a nossa fé. Quem acredita na trajetória de luz do Natal, é confiante do amor de Deus na humanidade e especialmente em nossas vidas.

Não seria o Natal, o tempo de abrir-se para a luz que emana do seio virginal de Maria e salva a humanidade? É hora de caminhar rumo ao presépio e lá contemplar o mistério da humanidade, o Verbo de Deus feito homem. No Menino Jesus, Deus desce à pequenez da nossa humanidade assume nossas mazelas e eleva-nos ao cume da dignidade de Deus.

O Natal é um dia de festa entre as famílias, de união, amor e perdão, mas também, um dia para refletir como estamos transmitindo esse amor misterioso ao nosso próximo e sendo fermento da Boa Nova de Jesus Cristo, nos ambientes em que estamos inseridos. A festa nos recorda a reconduzir nossos sentimentos e olhares para o resgate da dignidade humana, pois fomos criados à imagem e semelhança de Deus e esta moderna sociedade conduz o homem ao desgaste e esvaziamento de si, criando um enorme abismo existencial. Muitas vezes nesta data, o materialismo é tanto que dissipa a realidade divina e sacra da manifestação de Deus na humanidade.

Não passemos esse Natal de forma mecanizada; como cristãos, olhemos para a cena do presépio e reproduzamos em nossos corações.

Feliz Natal!