32º Domingo do  Tempo Comum
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por Diác.Bartolomeu de Almeida Lopes
Paróquia São Judas Tadeu

Portanto, ficai vigiando, pois não  sabeis qual será o dia nem a hora.”

Evangelho (Mt 5,1-12a)

Este Trigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum, nos apresenta-nos o tema da Vigilância, cautela, estarmos preparados e, procurar o caminho e perseverança na caminhada. Concentremo-nos com cuidado ao olhar para a manifestação de Deus em nosso dia a dia e aprendamos com os grandes nomes e sábios como Salomão, o qual pediu a Deus sabedoria e não bens passageiros, e isto nos levará a caminhar um pouco mais com a sabedoria Divina, apresentando-nos ao ser humano como uma manifestação da gratuidade de Deus.
O Deus que criou tudo não guarda sua sabedoria para alguns, ou para um só, Ele a compartilha com o ser humano e a leva a toda a humanidade, como luz que a induz o aprender, refletir e agir com a força divina, bastando apreciar rigorosamente o ensino oriundo da graça de Deus, tendo os escritos como fonte para o dia a dia de todo o cristão que abraça o ensino do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Estamos quase terminando o ano Litúrgico, os Evangelhos dos últimos Domingo nos leva a refletir sobre os fins dos tempos, ou seja, sobre aquele momento que deixemos esta vida para entrar na forma definitiva na vida Eterna.
A parte da Teologia que estuda o fim dos tempos (a morte, o juízo final ou julgamento) e o início da Eternidade (ressurreição do corpo) chama Escatologia, uma palavra grego-hebraica que quer justamente dizer: doutrina sobre as últimas coisas. Para o cristão estas últimas coisas estão marcadas pela segunda vinda de Cristo, como juiz e Senhor. São Paulo chamou a segunda vinda de Jesus de Parusia, tendo buscado o vocábulo no mundo militar e político, onde se chamava de Parusia a chegada oficial de um rei ou de um governador.
Assim, na carta aos Tessalonicenses Paulo escreve: “vos sereis minha esperança, a minha alegria e a minha coroa de gloria perante ao Senhor Jesus Cristo no dia de sua Parusia.” (cf. 1Ts 2,19).
Jesus, no Evangelho nos traz a parábola das dez virgens, ou das dez moças, uma parábola tirada do contexto da vida comunitária daquele tempo. Era costume na noite de núpcias o noivo ir buscar a noiva na casa dela e levá-la para festa nupcial na casa dele. No trajeto eram acompanhados de ambos, com archotes (uma espécie de tocha) que eram alimentadas com azeite para manter a chama acesa, pois, o trajeto era de estrada com subida e descida, curva, etc. As tochas eram colocadas em uma vara levantada para a luz clarear o caminho, pois, este processo acontecia no inicio da noite.
Na parábola o noivo atrasa, e o óleo, que era o combustível para a tocha manter-se acesa, foi consumido todo e a chama se apagaram. Por isso não prestaram o serviço prometido aos noivos. Pois, não se preocuparam em abastecer. Assim o noivo não as deixou entrar na sala da festa. Jesus toma a história e a transforma numa reflexão sobre a entrada ou a exclusão do paraíso.
A Bíblia costuma comparar ao paraíso a uma festa de casamento. Neste caso o noivo é o próprio Jesus!