Solenidade de  Todos os Santos
Compartilhe

Diác.Bartolomeu de Almeida Lopes
Paróquia São Judas Tadeu

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.”

Evangelho (Mt 5,1-12a)

Celebramos a Solenidade de Todos os Santos e Santas do Senhor, os canonizados e os não canonizados, os conhecidos e os desconhecidos, os que morreram mártires e os que confessaram com fidelidade a fé ao longo de sua vida. Celebramos gente nômade que escutou e colocou em prática os conselhos do Senhor, designado a todos nós: Santificai-vos e sede Santos, porque Eu Sou Santo (cf. Lv 11,44).
E celebramos como irmãos, membros da mesma Igreja, que alcançaram a meta proposta. Na verdade hoje a Igreja celebra a ela mesma. Ela é Mãe dos Santos. Neste Domingo Festivo celebramos a Solenidade de todos os Santos e Santas do Senhor. A Igreja comtempla a Páscoa de Cristo, que se manifesta na vida e no testemunho de tantos irmãos e irmãs nossos que deixaram-se transfigurar, pelo Ministério de Cristo. Na alegria Pascal, celebramos este dia com muita fé, com um profundo respeito e carinho pelos irmãos que por aqui passaram e souberam trazer para dentro de si mesmos a Santidade de Cristo Ressuscitado e, que nas páginas bíblicas, sobretudo nos Santos Evangelhos, ensina-nam, o que fazer para seguir seus passos carinhosos e verdadeiros.
Ninguém é Santo por sua própria força. Toda santidade vem de Deus. Com a encarnação de Jesus a humanidade envolveu-se Santidade Divina. Cabe a cada um tirar as conclusões e produzir frutos.
Se podemos dar uma olhada na capítulo das Bem-Aventuranças, o titulo “o caminho da felicidade”, como já vimos na tradução da Bíblia, saberíamos também intitula-lo “o caminho da Santidade”, porque a Santidade é a plenitude da felicidade.
Santo é o pobre em espírito, isto é, aquele que não se julga autossuficiente, mas se considera um necessitado de Deus e por isso vive com o coração aberto e voltado para O Senhor. Santo é quem pacifica os instintos e sentimentos, e os coloca a serviço de sua caminhada pessoal e comunitária, e por isso tem o coração aberto para o próximo. Sempre pronto a compreender, a perdoar e pedir perdão. A Santidade é dinâmica. Santo é quem participa de tal modo da vida que está seu redor, que canta com as alegrias, que chora com a tristeza e se compadece (sofre junto) com os que sofrem.
Não há lugar nem momento neste mundo sem sofrimento: é a fome, a sede, a injustiça, os insultos, a perseguição, a falsidade, as doenças, mas todos devem buscar a Paz.
O Santo não se fecha sobre a própria felicidade, não sobe sozinho as escadas do céu, tem forças para nos ajudar subir também a mesma escadaria rumo ao céu.
Todos nós somos chamados à Santidade, esta é a meta comum de todos os cristãos. Ninguém é excluído da Santidade, pois, esta é a vontade de Deus, “a vossa santificação” (cf. 1Ts 4,3).
A Igreja está sempre buscando a esta vocação (chamado). Várias vezes nos documentos dos concílios afirmam: “todos os cristãos, de qualquer condição ou estado de vida, são chamados pelo o Senhor, cada um por seu caminho, a perfeição da santidade (cf. LG11), o que confirma a Palavra de Jesus: sede Santo como o Pai Celeste é Santo (cf. Mt 5,48)