As últimas homenagens e o sepultamento do padre Taddei
A doença final e morte do padre Taddei causaram consternação geral por todo o país católico. A redação da revista Mensageiro do Coração de Jesus, nos fundos da igreja do Bom Jesus, recebia telegramas de orações e, depois, de condolências de todas as dioceses do Brasil. A sua morte não abalou o Apostolado da Oração que ele plantara por toda parte. Ele só florescia e chegava ao número impressionante de mais de um milhão de membros, 5% da população do país em 1913. Taddei lançara um dardo de fogo que atravessou os corações de tanta gente, tantas famílias, jovens e idosos que encontraram o caminho da fé pelas suas palavras. Em seus últimos meses, confiou o Apostolado da Oração aos bispos, aos diretores diocesanos, ao trabalho dos párocos; a revista Mensageiro deixou nas mãos de seus irmãos jesuítas que assumiram a organização dos artigos, das notícias, das matérias sobre espiritualidade.
Logo após a sua morte, o seu corpo precisou ser embalsamado, para que pudesse ficar mais tempo à veneração dos membros do Apostolado da Oração de diversas cidades que acorriam a Itu. Verdadeira multidão visitou o seu féretro na igreja do Bom Jesus.
As exéquias foram conduzidas pelo corpo docente do Colégio São Luís, reitor e demais padres-mestres. Alunos de todas as divisões do colégio estiveram presentes. A igreja do Bom Jesus ficou pequena. Depois de todas as solenidades o corpo foi transportado ao cemitério municipal, as alças do caixão disputadíssimas pelo povo.
Chegando ao cemitério, como chovia muito, não foi possível realizar-se o sepultamento no dia 04, quarta-feira. Formou-se uma vigília na capela do cemitério por toda a noite e todo o dia seguinte até que, à tarde do dia 05, finalmente houve o sepultamento no jazigo da Companhia de Jesus. Para que se registre a memória desse túmulo, é o mesmo em que estão sepultados os padres Robert e William Godding ainda hoje.
À beira do túmulo discursaram diversas pessoas. Pelo Apostolado da Oração, falou o ex-aluno Francisco Nardy Filho.
Assim se manifestou o Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, ao saber da morte do padre Taddei, através de nota: “a influência de sua virtude sobre todo o clero de S. Paulo, a eficácia de sua palavra evangélica, a doçura e o encanto de sua piedade acrisolada, deram a esse sacerdote exemplaríssimo uma feição particular que o impõe às saudades e aos respeitos de toda a Arquidiocese.”
Quando um homem passa pelo mundo e deixa um rastro de santidade, o perfume de suas virtudes continua exalando por muito tempo. A morte não apagou o seu nome. Muito pelo contrário, ao longo do tempo ele tem sido recordado como exemplo de virtudes. Veremos adiante como o P. Bartolomeu Taddei tem sido lembrado por todos esses anos e de maneira muito positiva. Acabou por se tornar também um intercessor junto ao Sagrado Coração!