Perguntando ao Papa (11) – Dores e alegrias por pertencer à Igreja
O longa-metragem “Amém: Perguntando ao Papa”, lançado no último dia 5 de abril, apresenta uma conversa entre o Pontífice e 10 jovens – quase todos distantes da Igreja – que o questionam sobre as principais preocupações de sua geração em relação às posições da Igreja. O documentário está disponível na plataforma de streaming Star+. O jornal “A Federação” encerra nesta edição, a publicação dos trechos mais significativos.
Dores e alegrias por pertencer à Igreja
Duas jovens mulheres apresentam ao Papa Francisco suas experiências contrastantes dentro da Igreja: uma nutrida e abençoada pela fé; a outra ferida e lesada profundamente.
Maria expressa sem complexos sua fé católica e sua pertença à Igreja, da qual ela se orgulha. Às vezes em voz baixa, diante dos olhares dos outros nove jovens que constantemente discordavam dela durante a conversa, Maria explica como sua relação com Cristo deu sentido à sua vida.
O Papa a escuta com atenção, a admira, mas a adverte que seu caminho será difícil: “O seu testemunho de fé toca meu coração, porque é preciso coragem para dizer o que você está dizendo neste encontro”.
“Obrigado por seu testemunho. Não quero assustá-la, mas reúna suas forças e prepare-se para as provas. Continue a fazer bem estas coisas, mas quando a prova chegar, não tenha medo, porque mesmo no momento de escuridão há o Senhor, que está ali escondido”, é o conselho direto que Francisco lhe dá.
O outro relato é de Lúcia, uma jovem peruana que perdeu sua fé em Cristo após ter sofrido abusos de poder e psicológico durante anos, enquanto tentava servir aos outros como membro de uma comunidade religiosa. Ela explica ao Papa que está mais feliz agora que não é católica nem crente.
Francisco não tenta convencê-la do contrário, mas lhe explica que muitas vezes a verdadeira coragem consiste em abandonar o que nos prejudica, em nos distanciarmos: “’Este lugar mau, este lugar de corrupção, este convento me desumaniza, vou voltar para onde comecei, para buscar a humanidade de minhas raízes’. Isso não me escandaliza”, diz-lhe o Papa com um olhar paternal, que lhe arranca um sorriso.
(Fonte: Vatican News)
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