Diác. Paulo Halter
Paróquia Nossa Senhora da Candelária

“Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”

Evangelho (Jo 14,1-12)

A liturgia deste domingo nos convida a refletir sobre a Igreja, a comunidade que nasce de Jesus e cujos membros continuam o “caminho” seu, dando testemunho do projeto de Deus no mundo, na entrega a Deus e no amor aos homens.

As leituras de hoje nos convidam a uma reflexão sobre o sacerdócio comum de todos os batizados.

Jesus Caminho, Verdade e Vida. Jesus é o caminho da verdade e da vida.

Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? ” Jesus respondeu; “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida…”

Caminho para a vida, através da morte e ressurreição. Por meio delas Ele chega ao Pai. Seguindo o caminho que é Jesus, a comunidade realizara integralmente o projeto de Deus. Jesus é o caminho em dois sentidos, pois Jesus vem do Pai e volta a Ele. Vindo do Pai, mostra com palavras e ações, o rosto do Pai; voltando a Ele, abre o caminho de acesso para todo ser humano.

O caminho é Jesus, é a sua vida, os seus gestos de amor e de bondade, que nos mostra o caminho que devemos percorrer. Ao aceitarmos os designos esse “caminho” de identificação com Jesus, todos nós estamos indo ao encontro da verdade e da vida em plenitude. Quem aceita percorrer esse “caminho” de amor, de entrega, de dom da vida, chega até ao Pai.

Jesus é a Verdade, Verdade que significa fidelidade plena, estabilidade. Proclamando-se a Verdade, Jesus nos diz que é a revelação autentica do projeto de Deus, a manifestação visível e encarnada do amor do Pai. Viver Jesus-Verdade é estar em sintonia profunda com os anseios divinos.

Jesus é a Vida, Jesus garante que Ele próprio é a Vida em plenitude para todos. Experimentar Jesus enquanto Caminho, Verdade e Vida é experimentar o Pai, mais ainda, é ver o próprio Pai.

Desde o início, a Igreja aparece como uma comunidade de serviço: os membros da comunidade cristã são convidados a seguir Jesus, que fez da sua vida uma entrega total ao serviço de Deus, do Reino. Quando Deus concede determinados dons e confia determinadas missões, não se trata de privilégios que conferem à pessoa mais dignidade ou mais importância: trata-se de dons que devem ser postos ao serviço da comunidade. As missões que são confiadas no âmbito comunitário não podem ser utilizadas para promoção pessoal ou para concretizar sonhos egoístas; mas devem ser missões que precisam ser desempenhadas com verdadeiro espírito de serviço, em benefício dos nossos irmãos.

Que o Deus Todo Poderoso lhes abençoe.