Católico não vota em comunista ou socialista
Compartilhe

Por mais que alguns busquem subterfúgios para “tapar o sol com a peneira” e tentar conciliar a fé cristã com o comunismo e o socialismo, todo católico sabe perfeitamente que essas ideologias são claramente condenadas pela Igreja.

Já em 1846 o Papa Pio IX promulgava a carta encíclica “Qui Pluribus”, pela qual combatia vigorosamente as ideias de Karl Marx, referindo-se à “nefanda doutrina do comunismo, contrária ao direito natural, que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e até mesmo a sociedade humana”.

Por sua vez, o Papa Leão XIII também alertava sobre os males do socialismo na encíclica “Quod Apostolici Muneris”, de 1878, começando a carta alertando para a “praga mortífera que se tem difundido no seio mesmo da sociedade humana, conduzindo-a ao abismo da destruição” e apontado, em seguida, que “as facções dos que, sob diversas e quase bárbaras designações, chamam-se socialistas, comunistas ou niilistas, espalhados ao redor do mundo e unidos pelos laços estreitíssimos de uma perversa confederação, já não se põem ao abrigo da sombra de reuniões secretas, senão que, marchando aberta e confiadamente à luz do dia, ousam levar a cabo o que há muito tempo vêm maquinando: a derrocada de toda a sociedade civil”, por meio de um projeto de destruição do matrimônio e da família, uma vez que é sobre ela que repousa a sociedade, conforme as exigências da lei natural; enquanto que, segundo o projeto socialista, não pode haver maior fidelidade, nem mesmo a Deus, do que a obediência ao Estado.

Treze anos depois, em 1891, o mesmo Leão XIII, na célebre “Rerum Novarum”, afirmaria que “os socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida”, propriedade que, para o homem, trata-se de “direito natural”. E que “o erro capital na questão presente é crer que as duas classes são inimigas natas uma da outra, como se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado”.

Mas talvez as mais categóricas manifestações da Igreja nesse sentido foram do Papa Pio XI que, em 1931, na encíclica “Quadragesimo Anno” afirmou que “o socialismo (…) não pode conciliar-se com a doutrina católica” e que “ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista”, e na “Divini Redemptoris”, de 1937, denunciando as perversas armadilhas dessas doutrinas nefastas, essencialmente ateias, de Marx e Engels. “O comunismo é intrinsicamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã”, à medida que “priva a pessoa humana da sua dignidade” – dizia o Papa – “os direitos naturais (…) são negados ao (…) indivíduo para serem atribuídos à coletividade”.

Já mais perto de nós, também João XXIII condenou o comunismo e o socialismo em 1961, em sua encíclica “Mater et Magistra”, reafirmando a doutrina de Pio XI, João Paulo II na “Centesimus Annus”, e o Catecismo da Igreja Católica, que ensina que “A Igreja tem rejeitado as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao ‘comunismo’ ou ao ‘socialismo’” (n. 2425).

Isso tudo é Doutrina Católica! Não é invenção de direitista, fascista, nazista ou o que quer que queiram chamar os que se mantém fiéis ao direito natural e ao Evangelho de Cristo. E, embora possa ser aprofundada pela leitura cuidadosa desses documentos – o que seria muito louvável – por si só já bastaria para que nenhum católico de verdade enveredasse para essa ideologia obscura e demoníaca.

Agora, ao lado prático da coisa: o Brasil aproxima-se de uma das eleições mais decisivas de sua História, em que, no fim das contas, concorrem apenas dois candidatos absolutamente antagônicos em termos de ideologia e de valores.

De um lado, um socialista condenado em três instâncias judiciais, por nove juízes diferentes, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro numa das maiores operações criminosas que se têm notícia no hemisfério ocidental, ex-presidiário, mas habilitado ao pleito em um vergonhoso e articulado conluio de jornalistas, militantes, artistas e pela canetada de um único juiz ativista nomeado pelo próprio meliante, que lançou mão de uma estúpida falha processual. De outro lado, um defensor de Deus e da religião, da família e de seus valores, da Pátria e de sua História, da liberdade e da democracia, admirado pelo povo brasileiro essencialmente conservador e por outros odiado por haver “quebrado” um esquema de alternância de poder entre eles e eles mesmos.

Portanto, católico de verdade não vota em quem pretende abolir Deus da sociedade dizendo que o Estado é laico mas desejando um Estado ateu, nem em quem pretende perseguir cristãos ou limitar a sua influência. Católico não vota em quem se submete ao globalismo internacional que deseja banir a religião cristã do mundo, traduzida na perversa agenda 2030 das Nações Unidas. Católico não vota em quem relativiza os valores da família, admitindo suas novas formas de constituição, inclusive entre pessoas do mesmo sexo. Católico não vota em quem defende a ideologia de gênero, a eutanásia ou o aborto travestido de “direitos reprodutivos da mulher” ou de “questão de saúde pública”. Católico não vota em quem quer privar ao cidadão o legítimo direito de defesa e de defesa da sociedade, inclusive com o uso de armas. Católico não vota em quem apregoa a regulação da mídia, o cerceamento da liberdade de expressão e a censura. Católico não vota em quem quer limitar a liberdade dos cidadãos, de ir e vir, de trabalhar e de levar o sustento para casa. Católico de verdade não vota em quem apoia ditaduras e regimes que mataram mais de 100 milhões de pessoas no mundo, a maioria de fome!

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, interceda por este país que lhe é consagrado. E que cada um de seus filhos não se furte de também fazer a sua parte.