por Tadeu Eduardo Italiani

Dentro do mês missionário, uma figura muito importante se destaca. Estamos falando de um apóstolo chamado pelo próprio Ressuscitado: Paulo de Tarso. Homem, Apóstolo e Missionário.
O Apóstolo Paulo brilha como uma estrela de valor na história da Igreja, São João Crisóstomo o exalta como uma figura preponderante no início do cristianismo, quando começa a evangelização dos povos. Temos como base não só a narração que ele faz a Lucas, no Livro dos Atos dos Apóstolos, mas também ao conjunto de cartas, assim chamadas “Cartas Paulinas”, as quais relatam suas viagens missionárias pregando o Evangelho.
Lucas relata que seu nome de origem era Saulo, tinha ido muito cedo a Jerusalém para estudar a Lei Mosaica junto ao rabino Rabi Gamaliel. O então general Saulo, tinha notícias de uma fé vivida pela comunidade de discípulos, que na pessoa de Jesus, Crucificado e Ressuscitado, se encontrava a remissão dos pecados e uma vida nova. Judeu zeloso, Saulo não aceitava essa mensagem e a achava escandalosa. Com essa convicção, se sentiu na obrigação de perseguir os cristãos.
Fez isso por um bom tempo, mas foi a caminho de Damasco, em mais uma empreitada contra os cristãos, que a Palavra de Cristo o alcançou e mudou drasticamente a sua vida. A profundidade desse encontro com Jesus pode se observar, no conteúdo de suas cartas. A conversão de São Paulo Apóstolo fez com que o novo homem colocasse toda a sua energia a serviço do Evangelho, Paulo se torna um desejoso Apóstolo em fazer a vontade do Pai.
Isso constitui um grande exemplo para todos nós, cristãos missionários, colocar Cristo no centro de nossas vidas, de forma que nossa identidade passe a girar ao entorno da comunhão com Cristo e sua Palavra. Outro exemplo que Paulo nos traz, é a forma do anúncio como Evangelho foi passado, através da gratuidade mostrando que em Jesus Cristo Ressuscitado está a salvação das pessoas. O Apostolo se dedica a fazer da mensagem do Evangelho a “Boa Notícia” e a partir de então, reconciliar o homem com Deus, consigo mesmo e com os demais irmãos.
No apostolado de Paulo, não faltaram dificuldades, ele enfrentou apedrejamento, açoites, prisões, perigos no mar, cidades e desertos, naufrágios além de fome e sede. Mas tudo isso só foi possível graças a uma razão: “O amor a Cristo”.
Nas suas cartas, após o nome de Deus, que aparece mais de 500 vezes, o nome de Jesus Cristo aparece outras 380 vezes, o que confirma o quanto Jesus Cristo incidia na sua vida. Paulo sempre propagava Cristo como sendo o ápice de todo diálogo salvífico com os pagãos.
Também somos convidados a ter esse encontro com o Cristo. De que forma? Essa resposta se divide em duas partes. Primeiro é preciso olhar para a história de conversão de São Paulo e assim, buscar o valor insubstituível da fé. A segunda resposta está em ser justificado por essa fé, ou seja, se tornar justo e merecedor da misericórdia de Deus e entrar em comunhão com Ele, através da vida na graça. Justificando muitas vezes nosso sofrimento com os sofrimentos de Cristo.
Assim, somos chamados a viver a vida missionária inspirada em Paulo, incluindo em nosso cotidiano seu exemplo de fé e colocarmos a serviço do Evangelho.

No próximo artigo, vamos conversar sobre a figura de Paulo na vida da Igreja. Até lá!