Comemoração de Todos  os Fiéis Defuntos
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Diác. Reginaldo de Castro
Paróquia Sagrada Família

“Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes.”

Evangelho (Lc 12,35-40)

Hoje nos reunimos para fazer memória de nossos entes queridos, pessoas que passaram por nossa vida e que, de alguma maneira, deixaram suas marcas em nossa lembrança. Não é um dia para chorarmos os mortos, mas para recordá-los com alegria, na certeza de que estão na eternidade, junto de Deus. É essa esperança que nos conforta e nos anima a continuar nossa missão neste mundo, procurando ser melhores a cada dia.
Celebrar o Dia dos Mortos é uma ótima ocasião para refletir sobre a vida — ou melhor, sobre a brevidade da vida. Nossa passagem por este mundo é muito curta se comparada à eternidade. Assim sendo, resta-nos aproveitar esse breve espaço de tempo para vivermos da melhor maneira possível, sem perder tempo com tristezas, desentendimentos, desavenças e outros aborrecimentos que fazem nossa vida perder qualidade. Viemos a este mundo para viver em plenitude, e viver em plenitude é viver bem, no sentido teológico do termo. Que todos vivam bem, e não apenas alguns. Nisso consiste a nossa missão: construir um mundo onde todos possam viver em plenitude — viver bem.
Somente cumpriremos essa missão se nos comprometermos com a vida e nos empenharmos na promoção de um mundo melhor. Aqueles que já partiram deste mundo cumpriram sua missão; nós, que ainda estamos aqui, temos ainda algo a fazer. Cabe perguntar: o que eu fiz para que o mundo fosse melhor? O que ainda posso fazer? O que tenho feito para que a vida de meu semelhante seja plena? Tenho amado a todos? Tenho vivido com alegria, valorizando a vida e respeitando-a em todas as suas esferas?
Ainda há tempo para fazermos esses e outros questionamentos e tornar nossa vida ainda melhor, pois não sabemos a que horas seremos chamados deste mundo. O que sabemos é que, em algum momento, seremos chamados a prestar contas a Deus. A única certeza que temos neste mundo é esta: um dia morreremos. A morte é tão certa quanto o ar que respiramos, mas, às vezes, vivemos como se fôssemos eternos. Sim, somos eternos — mas não neste mundo. A eternidade está em outra dimensão. Aqui apenas nos preparamos para a eternidade de Deus.
Quando assim vivermos, não temeremos mais a morte, mas a veremos como São Francisco a viu: como uma irmã que nos toma pela mão e nos conduz ao Pai.
Que essa confiança nos torne cada vez melhores, a ponto de atingirmos um grau de santidade que nos faça dignos de contemplá-Lo face a face, em sua glória eterna.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!