A Federação na década de 1990

Um grupo grande de colaboradores passou a fazer parte da redação d’A Federação, chegando à década de 1990 fortalecida. O jornal adquiriu vida própria, independente das associações católicas e da paróquia de Nossa Senhora Candelária; tornou-se um semanário extremamente atuante, uma entidade sem fins lucrativos com colaboradores de diversos matizes, que queriam publicar suas matérias e colaborações e acharam espaço ali.
A redação nas mãos de João e Nenita Navarro, preocupados com o perfil religioso do jornal, dividia espaço com o caráter noticioso e dado às artes, coisa própria de Ednan Mariano. Nesse período, uma visão aguda da cidade era publicada na coluna “nota cem e sem nota”.
Frequentavam a redação, diariamente, colaboradores como Ismael Nunes, responsável pela publicação da correspondência dos leitores e Paulo Roberto Gazzola, com o seu “Acontece na Câmara”. Depois eles se tornaram responsáveis pela redação (06.05.2000).
Entre 24.02.1990 e 01.10.1994, José Carlos Higel (1938 – 2010) manteve a coluna “Descobrindo tesouros”. Ditinha Schanoski escreveu a coluna social por mais de uma década. Colaboravam na administração o Capitão Cintra, Cícero Machado, Adelino Spinardi, Hans Trostli, Sebastião Italiani, Maria Angélica Alves, Elvécio Mariano e Getúlio Schanoski.
O historiador campineiro Odilon Nogueira de Matos, Roberto Corrêa e Benedito Walter Marino Martins eram colaboradores frequentes, vivendo em outras cidades.
Em 16.02.1974 o jornal publicou “Dr. Chebel, Rodoviária – homenagem”, de autoria de Bernardo Campos, colaborador que se torna assíduo em 16.04.1977 com a coluna “Reflexão do Domingo”, assinada sob o pseudônimo João Paulo, em substituição à que era feita pelo padre Robert Godding (R. G.).
Natural de Capivari (SP), Bernardo Jerônimo Campos era filho de Luiz de Campos Filho, o Nhô Luís, antigo tipógrafo e jornalista n’A Federação, e da Sra. Antonia Brigato de Campos. Estudou o curso ginasial e colegial no Seminário Nossa Senhora do Carmo.
Na Câmara Municipal de Itu era auxiliar do secretário, Luiz Colaneri e tomou gosto com ele das lides jornalísticas. Era técnico em contabilidade e advogado.
Antes d’A Federação, Bernardo colaborou com Arco-Íris, dos congregados marianos da Igreja do Bom Jesus, Salve Maria dos congregados do Carmo, O Trabalhador, da Fábrica São Pedro, Tribuna Ituana e Folha de Itu.
Até 31.12.2013 colaborou semanalmente com o jornal e, por um tempo, mantendo duas matérias semanais. Na Última Página, escrevia crônicas, o que continuou a fazer mensalmente, até fevereiro deste ano, quando faleceu, no dia 14. Presidiu a Associação São Paulo da Boa Imprensa por quatro anos (1996-1999).
Bernardo publicou dois livros “Meio Século na Imprensa” em 2008 e “Crônicas Esparsas”, em 2017, reunindo material divulgado originalmente neste jornal.
Nesse período, A Federação vinha em três cadernos, os dois primeiros totalizando doze páginas. O segundo era chamado Caderno Extra (Cultural, Lazer, Informação). O terceiro, em forma de tabloide, trazia quatro páginas, chamado “Suplemento – Movimento Religioso”, notícias das atividades nas diversas paróquias da cidade. O jornal se tornou muito mais abrangente, reunindo informações e colaborações das novas regiões administrativas da Igreja local.
