Arcebispos brasileiros recebem o Pálio Arquiepiscopal das mãos do Papa Francisco
Cinco arcebispos brasileiros, nomeados para o governo de arquidioceses desde julho do ano passado, receberam o Pálio das mãos do Papa Francisco, no último sábado, durante a celebração da Solenidade de São Pedro e São Paulo, na Basílica de São Pedro. São eles: o arcebispo de Natal (RN), dom João Santos Cardoso; o arcebispo de Fortaleza (CE), dom Gregório Ben Lâmed Paixão; o arcebispo de Aracaju (SE), dom Josafá Menezes da Silva; o arcebispo de Maceió (AL), dom Carlos Alberto Breis Pereira; e arcebispo de Cascavel (PR), dom José Mário Scalon Angonese. No total, foram 42 arcebispos de todo o mundo que receberam a insígnia.
O Pálio
Derivado do latim pallium, manto de lã, o Pálio é uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica e consiste de uma faixa de pano de lã branca que é colocada sobre ombros dos arcebispos. Essa lã é abençoada todos os anos na Festa de Santa Inês (21 janeiro).
Tradicionalmente durante a Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, em 29 de junho, o Pálio é abençoado pelo Santo Padre e entregue aos arcebispos. Posteriormente, o núncio apóstólico faz a imposição a cada um dos novos arcebispos nas suas respectivas arquidioceses e na presença dos fiéis.
Este pano representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida. Desta forma podemos dizer que o palio é o símbolo da missão pastoral do bispo. O Pálio é também a prerrogativa dos arcebispos metropolitanos, como símbolo de jurisdição em comunhão com a Santa Sé.
Abrir as portas
Em sua homilia, na celebração, o Papa Francisco recordou o exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo, que fizeram a experiência de graça: “Tocaram a obra de Deus, que lhes abriu as portas da sua prisão interior e também das prisões reais onde estavam encerrados por causa do Evangelho. E abriu-lhes, igualmente, as portas da evangelização, para que pudessem experimentar a alegria do encontro com os irmãos e irmãs das comunidades nascentes e levar a todos a esperança do Evangelho”.
Aos novos arcebispos metropolitanos, Francisco disse que “são chamados a ser pastores zelosos, que abrem as portas do Evangelho e que, com o seu ministério, ajudam a construir uma Igreja e uma sociedade de portas abertas”.