Tempo Pascal:  “Ressuscitando com Cristo”
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Sou catequista, e quero partilhar com vocês, a experiência que tenho vivido desde 26/08/2022, data do falecimento do meu pai.
Cabe-me dizer-lhes que, viver com ele, era como estar no paraíso, ele era o “meu amor”!
Mas, em sua providência infinita, Deus, que sabia quanta falta ele me faria, um mês antes do seu falecimento, fez com que a necessidade, trouxesse para morar em minha casa, o cachorro, que era da casa dele (um salsicha caramelo).
Sendo assim, quando ele faleceu, a presença desse cachorro em minha casa, chamado Spike, já nos trouxe um amor e uma presença de céu, que não dá para explicar, as nossas risadas pareciam eternas.
Até que, no dia 14/03/2024, o Spike faleceu!
Foi dentro do tempo quaresmal,
Foi uma morte muito sentida, mas, compreendendo o tempo litúrgico, sabia que era necessário passar por esta experiência e me abandonar nas mãos de Deus, que queria que eu atravessasse este deserto, para me transformar.
E assim foram os dias que se seguiram, num esforço muito grande para tentar compreender essa nova realidade sem a presença desses seres que me eram tão preciosos.
Tanto com o meu pai, quanto com o Spike, eu dei valor até o último suspiro deles, cada respiração era importante, amei cada instante que passei com eles.
E, como estava em busca de sentido para esses acontecimentos, houve um momento que refleti acerca da passagem da Transfiguração no Evangelho de São Mateus, cap. 17, 4, em que, tendo Jesus, antecipado a visão do paraíso aos apóstolos Pedro, João e Tiago, Pedro queria construir tendas naquele local.
Neste momento, discerni a respeito de uma direção espiritual que um padre me deu, na qual ele pronunciou as seguintes palavras “minha filha, não construímos moradas neste mundo”!
Ou seja, o céu que eu vivia na presença destes seres tão queridos da minha família, não era eterno aqui nesse mundo, era apenas uma antecipação do paraíso.
Discerni também o quanto é importante permitir que o Espírito Santo ordene as nossas vontades, as quais, principalmente nos momentos difíceis, podem tornar-se desordenadas.
Mas, quando nos esforçamos, e conformamos as nossas vontades à vontade de Deus, encontramos sentido para a nossa vida.
E foi assim que aconteceu, na certeza que, ressuscitaria com Cristo na Páscoa, no Domingo, como que milagrosamente compreendi que todo o amor que esse cachorro trouxe para a nossa casa, era um presente imenso de Deus, para nos fazer feliz!
A essa presença, deste cachorro, que já tinha 19 anos, foi ainda usada para uma missão de cura, de presença infinita de amor do Deus, porque Ele sabia que nós iríamos precisar.
Assim, na certeza de que hoje, o meu pai já vive em Cristo, que o Spike já cumpriu a sua missão e do AMOR INFINITO DE DEUS, que sabe de tudo o que precisamos, só posso dizer “RESSUSCITEI GRAÇAS A DEUS!”

A vida é um
presente!