2º Domingo da Páscoa (Domingo da Divina Misericórdia)
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“Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”

Diác.Tadeu Italiani
Paróquia Nossa Senhora da Candelária

Evangelho ( Jo 20,19-31)

A mensagem do Evangelho deste fim de semana, é rica em bondade e misericórdia. Ela narra a visita de Jesus, após a Ressurreição, aos apóstolos que estavam reunidos de portas fechadas. Santo Agostinho diz que mesmo as portas fechadas, não impediram que a divindade entrasse no cenáculo onde estavam. Jesus se apresenta aos apóstolos com um corpo incorruptível, mas ao mesmo tempo palpável, o que fez com que a incredulidade de Tomé fosse sanada.
Por muitas vezes, a descrença de Tomé é a nossa, pois em muitos momentos, deixamos que o medo tome conta da nossa vida e, desta forma, não temos a fé suficiente para enfrentar as dificuldades e angústias que aparecem em nosso cotidiano. Jesus Cristo está sempre presente em nossa vida, através do sopro divino do Espírito Santo. Contudo, somos nós que devemos ter a fé necessária para acreditar na sua presença real em nosso meio.
Jesus ao aparecer aos apóstolos, deseja a paz e, em seguida, os encoraja seguir como missionários e propagar a missão da Igreja, ou seja, o anúncio do amor misericordioso de Deus. Através do nosso batismo, somos convidados a ser missionários e a evangelizar em todos os ambientes em que estamos inseridos. Portanto, a Ressurreição de Cristo, não pode ser vista apenas como uma ação histórica em que a pedra foi removida e o corpo de Cristo não se encontrava mais depositado no túmulo.
É preciso ir além. O rolar da pedra significa uma profunda mudança de vida em nossos corações. Precisamos vencer o medo e buscar a vida nova em Cristo, acreditando que ele é o portador da vida e dá a vida em abundância a todos. A chagas que Ele mostrou aos apóstolos, e em especial, pediu para Tomé tocar, mostra-nos as nossas limitações e pecados, com isso, Cristo demostra o quanto devemos mudar para cicatrizar o mau que o pecado causa em nossas vidas.
A vida nova proposta no Cristo Ressuscitado, leva-nos a um constante caminho de conversão e santidade e, assim, vamos testemunhando o Cristo Vivo, sendo missionários evangelizadores, pois o testemunho da nossa vida é, muitas vezes, o Evangelho que os irmãos que estão ao nosso redor, e que não conhecem a Cristo, precisam ler.
Assim, meus irmãos e irmãs, tenhamos em nossas vidas, a alegria do domingo de Páscoa, em que as santas mulheres acharam a pedra rolada e o túmulo vazio. Peçamos a Maria Santíssima, estrela guia da Evangelização e mãe da Igreja, que nos ajude nesse contínuo processo de conversão, para ser fermento do Evangelho nos ambientes em que estamos inseridos.
Rolemos a pedra de nosso túmulo.

Cristo Ressuscitou verdadeiramente.

Deus abençoe a todos!