Domingo da Ressurreição do Senhor
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Diác. Raimundo Bezerra Neto
Paróquia São Judas Tadeu

“Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.”

Evangelho (Jo 20,1-9)

 

Nos últimos dias a liturgia nos convidou a rezar, a acompanhar toda a luta de Nosso Senhor. Para muitos certamente ficou a certeza que a morte venceu. Nosso Senhor foi vencido. Isso foi o pensamento, inclusive dos primeiros seguidores do Senhor. No entanto, a liturgia de hoje nos apresenta um novo sentido, o sentido que Jesus quer realmente para todos nós.

Hoje podemos observar que a morte não é última a falar, não é quem reina. Quem reina mesmo, é a Vida, quem prevalece é a Vida, essa Vida verdadeira é o próprio Jesus, Vivo e Ressuscitado no meio de nós!
Nosso Senhor tinhasido Crucificado na Sexta-feira por volta das 9h da manhã, e às 15h, o Senhor morre. Ou seja, acabou. E como para muitos o objetivo era a páscoa judaica, claro, nesta focaram.

Bonito como a liturgia nos apresenta que no primeiro dia da semana, logo cedinho Maria Madalena vai ao túmulo. Maria Madalena tinha acompanhado tudo. Sabia tudo. Ou seja, sabia que de fato o Senhor estava morto. Mas aquela mulher não esqueceu quem de fato Jesus foi e certamente continua sendo na vida dela. Uma mulher de zelo, de piedade!

Quantas vezes estas qualidades são raras em nós? Como estas qualidades são desconhecidas para a atual sociedade!
Exatamente, porque Maria Madalena tinha zelo, amava o Senhor, ela pôde ser a primeira a ver o túmulo vazio. Posso imaginar como a mente de Maria Madalena ficou. Quantos pensamentos passou na cabeça daquela mulher!? No entanto, uma certeza fluiu:vou falar aos outros! Vou levar esta Boa Notícia para os outros!

Quantas oportunidades perdemos de “dá” boas notícias porque temos medo, somos inseguros, e mais ainda, porque não temos esta intimidade dom o Senhor!

Belo que quando Maria Madalena falou para os discípulos ambos corriam junto, Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava. A liturgia quer de um modo especial focar nestes dois homens. Pedro que tinha tanta resistência, tanta insegurança, mas era verdadeiro. Falava o que estava no coração. Por isso ganhou um espaço especial no coração do Senhor. Sejamos, pois, verdadeiros. O outro amava com tanto amor, com tanta fé. Modelo ideal de discipulado. Peçamos ao Ressuscitado que aumente a nossa fé, que podemos amar mais, que podemos dedicar mais tempo de nossa vida as coisas do Reino e testemunhar o que de foto o Senhor é para nós.

Impulsionado pelo amor, o discípulo chegou primeiro que Pedro, mas não entrou. Grande sinal que nos é apresentado. Porque ele ama, espera, obedece, segue regra. Sabendo que a Pedro havia sido reservado um espaço significativo, o discípulo espera Pedro. Quantas dificuldades temos de esperar? Quantas são as vezes que queremos resolver as coisas do nosso jeito?

A liturgia quer despertar em nós, que temos muito para esperar: porque o túmulo está vazio, porque o Senhor Ressuscitou, temos em quem esperar: esperar no Senhor.

Deus os abençoe!