Conselho Gestor da CNBB forma os novos assessores da Conferência sobre a gestão em vista de seu trabalho evangelizador
Compartilhe

A gestão eficaz e a transparência na administração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foram temas apresentados pelo Conselho Gestor da Conferência aos novos assessores das  Comissões Episcopais, residentes e externos, que estiveram reunidos na sede da entidade, em Brasília (DF), de 14 a 20 de agosto.

A apresentação foi inspirada no Motu Proprio do Papa Francisco “Que estabelece disposições sobre a transparência na gestão das finanças públicas”, especialmente nos campos econômico e financeiro, publicado em  21 de abril de 2021. O motu proprio define ainda as disposições sobre a transparência na gestão das finanças públicas, para os dirigentes e os administradores do Vaticano.

Foto: Bruno Feittosa/CNBB

A equipe gestora da CNBB apresentou ao grupo o modelo de gestão que está sendo consolidado em todos os níveis da Conferência, uma gestão que vem buscando a lisura e transparência nos processos, cuidado com os dados e informações e o rigor na observância do que prescrevem as leis.

Durante a apresentação, os departamentos de finanças, contabilidade, protocolo, documentação e informação e secretaria técnica da CNBB demonstraram os procedimentos com vistas à implementação deste modelo de gestão.

Integração entre gestão e pastoral

De acordo com o ecônomo da CNBB, monsenhor Nereudo Freire, o primeiro passo é ter consciência da importância de uma boa gestão eclesial, que passa pela integração entre gestão e pastoral. O ecônomo da CNBB destacou que o foco dos novos assessores é em sua missão de contribuir com a evangelização. Contudo, o monsenhor reforçou que é importante que os assessores também conheçam como funciona a gestão para  facilitar os processos de evangelização.

“A nossa preocupação agora é possibilitar aos novos assessores um encontro com a realidade, que será diária pra eles. Cada um vai precisar diariamente ter o cuidado de trabalhar as questões financeiras, contábeis para que a instituição possa alcançar os seus objetivos e também respondendo a provocação do Papa Francisco de ter transparência nas ações”, destaca.

Gestão a serviço da evangelização

O assessor da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, frei Olavo Dotto, explica que quanto mais qualificada for a gestão e mais claros os processos estiverem, melhor será a execução dos trabalhos de evangelização.

Foto: Bruno Feittosa/CNBB

Frei Dotto defendeu que uma gestão de qualidade, onde os fluxos internos e os departamentos estejam integrados, com diálogo e proximidade, com os assessores conhecendo todos os passos que devem ser feitos desde a elaboração do projeto até a sua execução, colabora para que o trabalho de evangelização dos assessores e Comissões seja feito com mais qualidade. “Ganha a Conferência e ganha as comunidades beneficiadas pelas ações propostas a partir dos projetos que são elaborados pelas comissões”, disse frei Dotto.

Outra assessora já experiente na execução de projetos na CNBB é a irmã Irene Lopes, da Comissão Especial para a Amazônia e da Repam Brasil. A irmã reforçou que a CNBB tem procurado, nos últimos anos, cada vez mais aperfeiçoar esse processo de gestão.

“Isso é muito importante porque traz uma transparência também para a igreja no Brasil. Todo o nosso trabalho que é realizado aqui a partir das comissões, dá visibilidade também para o processo externo. Inclusive a nível governamental, porque nós também somos cobrados enquanto instituição com esse processo todo”, enfatizou.

Além da novidade das questões que vão aparecendo a cada dia, a religiosa aponta que os assessores também precisam de estar por dentro do processo de inovação da gestão na Conferência. “É muito importante que a igreja do Brasil tenha cada mais transparência em todo o seu trabalho de evangelização”, destacou.

Procedimento Operacional Padrão

Durante o encontro, o assessor de gestão da CNBB, José Luna, explicou como tem sido implementada a metodologia de gestão que parte da premissa de que só se pode gerenciar o que se pode medir. Ele destacou a importância da necessidade do planejamento e da aplicabilidade do Procedimento Operacional Padrão.

O subsecretário adjunto de pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá, reforçou que é a partir de uma boa gestão baseada na transparência que irá funcionar bem os projetos de evangelização  como os encontros, cursos, formações e diversas atividades existentes na conferência executadas por meio das comissões.

“É fundamental conhecermos sobre administração, toda a questão financeira da Conferência, porque nós também, com o nosso trabalho precisamos prestar contas e manter sempre mais essa transparência, diz padre Jânison.

Informação em tempo real

A CNBB vem desde 2019 implantando um movimento de gestão com foco na transparência e, acima de tudo, concentrada em manter a informação em tempo real. “É um processo com muita eficiência e também eficácia nos resultados. Na linguagem bíblica, os bons frutos serão produzidos”, disse.

Monsenhor Nereudo reforçou que o propósito do Conselho Gestor da CNBB é sensibilizar e formar assessores para que tenham conhecimento não só da sua área específica, mas que também tenham conhecimento dos processos gerenciais de toda conferência, favorecendo um trabalho que será exemplo de transparência.