Comunidade Terapêutica Santo Agostinho celebra seu padroeiro
Compartilhe

Tem início nesta sexta-feira (25/08) as celebrações em honra a Santo Agostinho, na Comunidade Terapêutica que tem o santo como padroeiro. As celebrações contarão com Tríduo e Missa Festiva.

A Comunidade Terapêutica Santo Agostinho acolhe pessoas com problemas com álcool e drogas, promovendo ações para sua recuperação e reinserção na sociedade. Conta atualmente com 18 acolhidos, sendo uma entidade sem fins lucrativos que depende de doações para continuar a atender. A direção espiritual é realizada pela Paróquia São Cristóvão, contando com o atendimento do pároco, padre Robinson, e do diácono Francisco Martins e sua esposa Márcia. 

O Tríduo preparatório para o dia de Santo Agostinho acontece na Comunidade Terapêutica, nesta sexta (25), sábado (26) e domingo (27), às 19h. A cada dia haverá um tema diferente: “A vida e conversão de Santo Agostinho”, na sexta; “Sacramentum Caritatis – fundamento da espiritualidade agostiniana”, no sábado; e “A espiritualidade agostiniana – um itinerário em comunidade”, no domingo.

Na segunda (28), dia de Santo Agostinho, haverá Missa Festiva na Igreja Matriz São Cristóvão, às 19h, celebrada pelo pároco, padre Robinson.

A Comunidade Terapêutica Santo Agostinho fica na Estrada do Jacuhu, nº 11.000.

Santo Agostinho, Doutor da Igreja

Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na África mediterrânea, em 13 de novembro do ano 354. Filho de Patrício, pagão e funcionário público, e de Mônica, profundamente cristã, que depois se tornaria santa. Teve um irmão chamado Navígio e uma irmã, cujo nome pode ter sido Perpétua. Foi romano de cultura, idioma e de coração, mas não de estirpe.

Aos dezessete anos vai a Cartago, onde Romaniano, amigo de seu pai, o ajudou com a manutenção dos estudos. Durante três anos se dedica ao estudo e à leitura de livros, entre os quais destaca-se o “Hortênsio” de Cícero, que o marcou profundamente, levando-o a um amor pela sabedoria. Desiludido com a leitura das Sagradas Escrituras, buscou os maniqueos, a quem pertenceu e seguiu por nove anos.

Aos vinte anos volta a Tagaste como professor, com uma mulher e um filho, Adeodato. retornando pouco depois para Cartago. Seguindo sua busca por fama dentro do Império Romano e alimentado por suas ambições, deixou a África e tornou-se professor em Roma e, a seguir, foi para Milão, onde desenvolveu a atividade de professor de retórica.

Agostinho sentia, apesar de tudo, seu coração vazio, inquieto. Não era feliz. Procurou a felicidade em muitos lugares, mas não a encontrava. Seu coração inquieto não achava a verdade e a paz que desejava. Sua mãe foi ao seu encontro em Milão e, com sua profunda vida de oração, animou-o a frequentar as pregações do bispo Santo Ambrósio.

Foi uma longa caminhada e luta para transformar seu coração, mas no mês de agosto de 386, meditando no jardim, ouve uma voz de criança que diz “Tolle et lege” (Toma e lê) e tomando as Cartas de São Paulo lê: “Não é nos prazeres da vida, mas em seguir a Cristo que se encontra a felicidade”. As dúvidas se dissipam e é neste momento que culmina todo o processo de sua conversão. Encontrando Deus no seu coração, achou a felicidade, a paz e a verdade que procurava. No ano seguinte, na Vigília da Páscoa é batizado.

Agostinho decide voltar a Tagaste, para morar com seus amigos, e entregar-se inteiramente ao serviço de Deus por meio da oração e do estudo. Mas no ano 391, em visita à cidade de Hipona, buscando um lugar para instalar um mosteiro, foi proclamado sacerdote pelo povo e ordenado sacerdote pelo bispo Valério. Fundando um mosteiro, viveu com uma comunidade de irmãos, como sacerdote, monge, asceta e estudioso.

Quatro anos depois (395) foi sagrado Bispo da cidade, daí o nome com o qual é conhecido: Agostinho de Hipona. Deixando o mosteiro – que se converteu em um centro de formação que formou muitos sacerdotes e bispos para toda a África – foi viver na casa episcopal, fundando ali um mosteiro para os clérigos de Hipona. Se dedicou ao estudo das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja.

Ele viveu em comunidade, tentando seguir o ideal das primeiras comunidades cristãs, na pobreza e na partilha (Atos 2,42-44). A comunidade eclesial de Hipona estava formada em sua grande maioria por pobres. Agostinho se fazia a voz destes pobres, falando por eles na Igreja, indo até as autoridades para interceder por eles e ajudando-os naquilo que podia.

Entre as funções que o bispo exercia estava a de administrar os bens da Igreja e repartir o seu benefício entre os pobres, também a de acolher os peregrinos, ser protetor dos órfãos e viúvas. Agostinho realiza todas elas como um serviço aos pobres e à Igreja. O bispo também exercia a função de juiz, tarefa que exerceu com objetividade, justiça e caridade. Também se ocupava da pregação aos sábados e domingos e durante a semana de atender ao povo em suas demandas. Cuidava da formação do clero, organizava os mosteiros masculinos e femininos, para os quais escreveu a Regra de Vida, administrava os bens eclesiásticos e visitava os enfermos. 

Santo Agostinho morreu em Hipona, em 28 de agosto de 430. (Texto adaptado de Portal Agostinianos)