O anúncio do Papa: JMJ 2027 em Seul e Jubileu dos Jovens 2025 em Roma
Antes de rezar o Angelus no final da Eucaristia da JMJ, celebrada no Parque Tejo, em Lisboa, o Papa pronunciou as seguintes palavras:
“Queridos irmãos e irmãs,
Uma palavra ressoou muitas vezes nestes dias: “gracias” ou melhor «obrigado». É muito belo aquilo que o Patriarca de Lisboa acaba de nos dizer: que «obrigado» não expressa só gratidão pelo que se recebeu, mas também o desejo de retribuir o bem. Neste evento de graça, todos nós recebemos, e agora, que nos preparamos para regressar para casa, o Senhor faz-nos sentir a necessidade e partilhar também conosco, testemunhando com alegria a gratuidade de Deus e o que Deus colocou em nossos corações.
Mas, antes de vos enviar, quero também eu dizer «obrigado». Digo-o, em primeiro lugar, ao Cardeal Clemente e, nele, à Igreja e a todo o povo português, obrigado. Obrigado ao Senhor Presidente, que nos acompanhou nos eventos destes dias; obrigado às instituições nacionais e locais pelo apoio e assistência prestados; obrigado aos Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos. E obrigado a ti, Lisboa, que ficarás na memória destes jovens como «casa de fraternidade» e «cidade de sonhos».
Exprimo depois o vivo reconhecimento ao Cardeal Farrell, que rejuvenesceu nestes dias, bem como a quantos acompanharam com a oração. Obrigado aos voluntários, a eles este aplauso de todos pelo grande serviço prestado! E um agradecimento especial a quem velou pela JMJ a partir do Alto, ou seja, os Santos patronos do evento: e a um em particular, João Paulo II, que deu vida às Jornadas Mundiais da Juventude.
E obrigado a todos vós, queridos jovens! Deus vê inteiramente o bem que sois; só Ele conhece o que semeou nos vossos corações. Vocês se vão daqui com o que Deus semeou em seu coração. Façam-no crescer, guardai-o com cuidado. Quero dizer-vos: recordai, fixai na mente os momentos mais belos. Depois, quando vier algum momento de cansaço e desânimo, que são inevitáveis, e quem sabe, a tentação de parar no caminho ou de vos fechar em vós mesmos, com a recordação reavivai as experiências e a graça destes dias, porque – nunca o esqueçais – esta é a realidade, isto é o que vós sois: o Povo santo fiel de Deus que caminha na alegria do Evangelho. Desejo também enviar uma saudação aos jovens que não puderam estar aqui, mas participaram em iniciativas organizadas por seus países pelas repetidas Conferências Episcopais, por Dioceses; e penso, por exemplo, nos irmãos e irmãs subsarianos, reunidos em Tânger.
A todos obrigado, muito obrigado!
E de maneira particular, acompanhemos com o pensamento e a oração aqueles que não puderam vir por causa de conflitos e de guerras. No mundo são muitas as guerras, são muitos os conflitos. Pensando neste continente, sinto grande tristeza pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito.
Amigos, permitam-me também que eu, já idoso, compartilhe convosco, jovens, um sonho que trago cá dentro: é o sonho da paz, o sonho de jovens que rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz.
Por meio da oração do Angelus, coloquemos nas mãos de Maria, Rainha da Paz, o futuro da humanidade.
E, há um último obrigado que gostaria de destacar no final. Obrigado às nossas raízes, aos nossos avós que nos transmitiram a fé, que nos transmitiram o horizonte de uma vida. Eles são nossas raízes.
E de volta para casa, continuem rezando pela paz. Vocês são um sinal de paz para o mundo, um testemunho de como diversas as diversas nacionalidades, as línguas, as histórias, podem unir em vez de dividir. Vocês são a esperança de um mundo diferente.
Obrigado.
Sigam em frente!