A questão do homossexualismo

Assunto polêmico e causador de muitas dores, é este. Sobre o homossexualismo, parece que ninguém chega a um consenso. Como e por qual razão existe? Surgiu de onde? A que ponto a genética, a biologia, o ambiente cultural, a educação familiar, et caetera, o influenciam? Longe da pretensão de responder a tais perguntas, limito-me a partilhar algumas reflexões.
Um primeiro ponto a pensar é que, ao que parece, o homossexualismo sempre existiu em meio aos grupamentos humanos, em maior ou menor grau. Então, que ele exista até hoje entre nós não deveria ser surpresa. Porém, há que se concordar que não é a prática da maioria, embora sempre tenha sido mais ou menos tolerado em diversas sociedades, desde a Antiguidade até os nossos dias.
O homossexualismo é condenado, enquanto prática, pelas três maiores religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Notem bem o detalhe: condena-se a prática e o pecado, não o pecador. Isso embora alguns radicais muçulmanos realmente punam homossexuais jogando-os do alto de telhados para os elimina-los, o que não procede na cultura judaico-cristã ocidental.
Alguns advogam que se nasce homossexual. Porém, os próprios afirmam ser uma questão de “opção”. Se é assim, então podem escolher. Podem até não deixarem de ser, mas podem escolher não praticar. Claro que então se tratará de uma intensa luta, uma verdadeira cruz para se carregar. Na fé cristã, somos criados por Deus como homens e mulheres, nada mais, nada menos.
Motivo de espanto é perceber que, de uns trinta anos para cá, o homossexualismo foi transformado num verdadeiro estilo de vida, com sistema ideológico e códigos particularmente planejados. Hoje a questão não é mais a pessoa ser ou não homossexual. Existe uma verdadeira indústria cultural trabalhando para convencer os incautos, os indecisos, os desavisados. Com tanta propaganda, até que não é acaba sendo.
A famigerada “ideologia de gênero” (eu penso que seja uma “tontologia”), embola ainda mais o meio-campo. Em vez do tradicional homem e mulher de sempre, provado e atestado pela ciência, entidades como a ONU dizem haver mais de 30 tipos de gênero. Forma-se uma geléia geral, pois quem pode ser tudo acaba nem mais sabendo o que é. Sociedade confusa, esta nossa.
Tanta confusão e contradição causam inúmeros sofrimentos, para todos. Quando se utiliza da questão do homossexualismo para fins político-ideológicos então, é desastre completo. Se alguém, dentro do seu livre-arbítrio, quiser aderir às práticas homossexuais, que o faça, fazer o que? Mas tentar convencer o mundo inteiro a fazer o mesmo, como se isso fosse uma doutrina, é o cúmulo.
A Igreja sempre condenará o homossexualismo. Jamais, porém, desprezará o homossexual. Quem realmente faz parte das nossas comunidades, sabe que eles também estão conosco, junto de nós. Muitos vivem a castidade e encontram outras formas santas de exercer a própria afetividade. São nossos irmãos e irmãs muito amados, em Cristo Jesus. Devemos rezar, unidos e uns pelos outros. Somos todos pecadores. Que Deus nos ajude a chegarmos todos no Céu.
Amém.