Equipe inicia produção da 3ª Cerveja Artesanal do jornal “A Federação”
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Teve início neste sábado (29/10) o processo de produção da 3ª edição da Cerveja Artesanal do Jornal “A Federação”. A iniciativa é de um grupo de voluntários e a arrecadação com a venda da cerveja será revertida para novos projetos do jornal e de sua mantenedora.

A equipe de “cervejeiros” se reuniu logo cedo na cozinha da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária para iniciar o trabalho de produção da cerveja, que deve demorar cerca de 40 dias até a entrega aos compradores, prevista para o dia 10 de dezembro.

Os cervejeiros Wilson, Leonardo, César, Tadeu, André, Rafael e Fernando (atrás).

Estiveram presentes os “cervejeiros” André Salustiano Martim, César Tomba, Fernando Moraes, Leonardo Tomba Francischinelli, Rafael Scaravelli e Wilson Oliveira. A manhã de trabalho também contou com a visita dos padres Salathiel de Souza e Adriano Francisco, e os diáconos Paulo Halter e Tadeu Italiani, também jornalista e editor de “A Federação”.

Nesse primeiro dia, foram realizadas as etapas iniciais do processo de produção da cerveja Kolsch, um dos tipos escolhidos para ser produzido nesta 3ª edição. As cervejas passarão agora pelas etapas de fermentação e maturação, que necessitam de descanso de vários dias até que os processos químicos e biológicos sejam finalizados (saiba mais abaixo).

Na próxima semana, as mesmas etapas serão realizadas, agora para a produção da cerveja tipo Witbier. O kit que será comercializado contará com uma garrafa de 600 ml de cada tipo de cerveja. As vendas antecipadas devem começar em breve.  

Cerveja “Pavlus”

A Cerveja Artesanal do Jornal “A Federação” foi criada em 2020 e ganhou o nome de “Pavlvs” – em homenagem a São Paulo, padroeiro da comunicação e da mantenedora do jornal, a Associação São Paulo da Boa Imprensa (Aspabi). Duas edições da cerveja artesanal já foram realizadas: uma em setembro de 2020 e outra em dezembro de 2021.

Nas duas ocasiões, foram produzidos dois tipos de cerveja: Witbier, cerveja de origem belga que leva maltes de cevada e de trigo, além de coentro e casca de laranja, conferindo um sabor cítrico e baixo amargor; e Kolsch, cerveja de origem alemã, com notas de frutas e lúpulo, considerada limpa, equilibrada e refrescante. Esses mesmos tipos estão sendo produzidos na 3ª edição.

A primeira edição consistiu em 40 litros de cada tipo, com grande aceitação do público, o que estimulou a equipe a dobrar a produção na segunda edição, chegando a 160 litros no total e alcançando novamente um grande sucesso na comercialização das cervejas. Nesta terceira edição, será mantida a quantidade: 80 litros do tipo Kolsch e 80 litros do tipo Witbier.

Em todas as edições, o processo contou com o trabalho de voluntários e com a parceria de empresários do setor cervejeiro da região. Nesta edição, a produção conta com a parceria de Chima’s Beer e Sétimo Copo.

Os valores arrecadados com a venda da cerveja foram investidos em equipamentos para aprimorar o trabalho no jornal.

Várias etapas

O processo de produção da cerveja artesanal demanda tempo, dedicação e paciência. No primeiro de trabalho, neste sábado (29), foram realizadas as etapas de brassagem, recirculação, lavagem dos grãos, fervura e resfriamento.

Confira abaixo as diversas etapas do processo:

1- Brassagem – também chamada de maceração, mostura ou cozimento, é a etapa inicial do processo, na qual os cereais são cozidos em água quente, permitindo a atuação das enzimas que vão transformar o amido dos grãos em açúcares.

2 – Recirculação ou clareamento – feita após a brassagem, é utilizada para filtrar, clarificar e tirar as partículas sólidas que sobraram no líquido, o que torna a cerveja mais límpida e sem resíduos.

3 – Lavagem dos grãos – depois de fazer a recirculação do mosto e a separação do líquido, sobram apenas os grãos na panela. O processo anterior deixou açúcares na cama de grãos e são eles que precisam ser eliminados.

4 – Fervura – na fervura, o mosto será esterilizado para tirar todo e qualquer microorganismo que possa contaminar a cerveja. Esse processo também é responsável por eliminar os sabores e aromas indesejáveis para a bebida, além de ajudar a formar a cor da cerveja.

5 – Resfriamento – nesse processo, o líquido que acabou de ser fervido deve ser resfriado para a temperatura adequada para receber a levedura, seguindo com o processo de fermentação.

6 – Fermentação – é o processo em que as leveduras consomem os açúcares fermentáveis do mosto e os transformam em álcool e gás carbônico, reduzindo o PH da cerveja, processos responsáveis por formar a cerveja. A fermentação pode precisar de até dez dias para se completar.

7 – Maturação – depois que a cerveja é fermentada, deve ser armazenada em baixa temperatura por um determinado tempo, de acordo com a orientação de cada receita. Nesse período, uma fermentação lenta vai acontecer para clarificar o líquido, por meio da precipitação das leveduras e proteínas, bem como sólidos solúveis. O processo pode demorar até quinze dias.

8 – Envase – etapa final do processo, o envase nada mais é do que a ação de engarrafar a cerveja no recipiente escolhido, que pode ser garrafa ou barril.

(Com informações de Central Brew

Abaixo, imagens do início da produção no sábado (29).