24º Domingo do Tempo Comum
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Diác. Bartolomeu de Almeida Lopes
Paróquia São Judas Tadeu

“Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho.”

Evangelho (Lc 15,1-32)

 

Jesus reunido para mais um dia de ensinamento aos que abriam seu coração para ouvi-lo e aprenderem todo o seu projeto catequético; e estes eram publicanos e tantos outros grupos, porém uns e outros murmuravam e diziam que Jesus tinha um comportamento diferente do que professava ou ensinava, que suas atitudes não condiziam com o seu ensinamento ou suas palestras educativas, as quais eram bonitas, construtivas, enriquecedoras e atraiam irmãos de todos os cantos, que saiam encantados com Suas palavras e com grande proveito dos participantes.

Causou inveja a grupos de opositores e toda proposta apresentada pelo Filho de “Deus” por Ele aceitar convite para fazer refeição com eles, pois o mestre aproveitava estas ocasiões para uma pregação mais acentuada e aprofundava com aquele jeito que Ele sabia, pois ensinava com autoridade.

Só não entendiam aqueles que não escutavam com os ouvidos do coração e da alma e não sabiam que estavam  perdendo a feliz graça de deixar no coração um espaço para o que Ele ensinava, pois eram instruídos pelos rabinos a não se aproximarem de pecadores e outros como os publicanos.

Jesus buscava a conversão dos pecadores e a sua amizade para conhecê-los melhor, pois queria a conversão deles e de todos que O procuravam para ouvi-Lo e aprender as coisas que respeitosamente colocava em seu coração: levar para a vida no dia a dia que somos todos filhos de Deus e devemos pensar como Jesus, que nos ensina não sermos melhores que os outros e sim irmãos, devemos e precisamos de oração e renúncias, para agir como Jesus o fez.

Buscar as ovelhas perdidas, a moeda não encontrada, receber com alegria e festa o irmão ou o filho que volta para fazer parte da família e um convívio saudável aos olhos da comunidade e da Santa Igreja.

Deus sabe tirar o bem do mal, Ele quer que todos se salvem e possam chegar ao conhecimento da verdade (1 Tm 2,4); sempre se manteve na Igreja a consciência de que não se deve perder o Espírito profético, a Igreja deve discernir os sinais dos tempos e proclamar as iniciativas do Espírito. “Buscai o amor e aspirai aos dons do Espírito,  principalmente a profecia (1 Cor 14,1); o Espírito está enviando a Igreja, hoje, para ser profeta da misericórdia divina, esta é mais forte e disso o sacramento da reconciliação é o sinal mais expressivo, é um reconhecer que erramos e voltamos arrependidos e pedimos perdão, com isso a misericórdia, nos renova no mistério de Cristo e da Igreja.

Também a fragilidade física do homem se torna em Cristo uma ocasião de graça, patrimônio espiritual e riqueza de toda a Igreja; com o Batismo e os demais sacramentos, acontece uma inserção total do cristão no mistério pascal; como sinal eficaz de conforto, de caridade e de perdão. Na Igreja e através da Igreja, Cristo continua a salvar o homem e a acolhê-lo ainda no seu mistério de morte e de ressurreição.

A liturgia de hoje nos pede para buscar na Igreja o sinal e instrumento de reconciliação dos homens com Deus e dos homens entre si, através do anúncio da palavra e o convite à conversão.