Nossas respostas de cada dia
Neste mês de agosto, a Igreja celebra o Mês Vocacional, lembrando das diversas formas de ministérios a que somos chamados a exercer na Igreja e na sociedade. No primeiro domingo, celebramos as vocações ordenadas, como o sacerdote e o diácono. No segundo domingo, lembramos da vocação matrimonial. No terceiro domingo, lembramos da vocação à vida consagrada, como os religiosos e religiosas. E neste quarto domingo, celebramos os leigos e os ministérios de serviço à Igreja. Também celebramos o ministério dos catequistas, responsáveis pela educação na fé de crianças e jovens.
Deus nos chama para exercermos esses ministérios, na Igreja e na sociedade. E nos chama respeitando nossa liberdade de resposta. Ele quer que respondamos ao chamado de forma íntegra e consciente, respeitando nossas características e possibilidades. Ele nos quer livres para assumirmos nossa vocação de forma plena.
Alguns dos chamados de Deus podem precisar de respostas que impliquem em escolhas de um modo de vida. É o caso do sacerdócio, da vida religiosa e o matrimônio. Ao respondermos “sim” ao chamado de Deus, escolhemos e aceitamos o modo de vida que a vocação nos apresenta. Assumimos um compromisso com um modo de vida específico, necessário para que a vocação se realize plenamente.
Mas, para além desses chamados mais amplos, Deus continua nos chamando a cada dia, para realizarmos novas etapas de seu plano de amor. É assim com o sacerdote que está há muito tempo em uma determinada comunidade e é chamado a exercer seu ministério em outra cidade, numa realidade completamente diferente. É assim também com a religiosa, habituada com o trabalho com crianças que é destinada para trabalhar numa instituição de cuidados em saúde.
Assim também acontece com nós, leigos. Muitas vezes exercemos determinados ministérios na Igreja, mas somos chamados a “lançar as redes em outras águas”. Podemos exercer o ministério de música e nos sentirmos chamados a sermos catequistas. Podemos fazer parte de um movimento e recebermos o convite para assumirmos um trabalho administrativo. É possível estamos há tanto tempo sentindo falta de uma ação mais efetiva na Igreja e vemos surgir à nossa frente uma oportunidade para uma atividade social.
Muitos podem ser os chamados. Muitas também podem ser as respostas.
Da mesma forma que no “chamado maior” que pode definir nossa forma de vida, também para os “chamados menores” do dia a dia precisamos estar atentos à voz de Deus em nossas vidas. Ele nos fala na oração, nos acontecimentos da vida, pelas pessoas ao nosso redor. O chamado nos pede escuta e discernimento. De nossa parte, é preciso atenção e tempo para que possamos ouvir e compreender o chamado, nos mantermos próximos a Deus para podermos responder da melhor maneira a esse convite. Não são atitudes fáceis e pedem de nós um esforço diário de oração e escuta.
Que Deus não desista de nos chamar sempre! E que cada um de nós seja capaz de manter acesa a chama que nos impulsiona a sermos “trabalhadores do Reino”!