22º Domingo do Tempo Comum
Compartilhe

Diác. Marcos Nunes
Paróquia São Judas Tadeu

“Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.”

Evangelho (Lc 14,1.7-14)

Cristo nos revela que a vitória coincide com a aparente derrota, e a sua força está naquilo que os outros consideram uma fraqueza. Revela-nos que a verdadeira riqueza esta na pobreza, a verdadeira liberdade no fazer-se escravo, a vida se realiza quando a perdemos.

Cristo quis revelar que amamos quando, como ele damos a própria vida pela vida do outro; que estamos na verdade quando julgamos a nós mesmos e a história não na medida do sucesso, mas na liberdade adquirida, do futuro que o homem realizou e conquistou, do novo que construiu, do amor que se difundiu.

Está nova sabedoria, que vem de Deus e da cruz como se congrega em uma só mesa, em uma só nação, com uma só capital; eles não pretendem mais dominar nem, servir-se da sabedoria humana para realizar uma comunhão de valores; encontram eles no amor, que se põe a serviço do homem, a esperança, que impulsiona o mundo para novos e mais vastos horizontes.

A sociedade se organiza e vive em torno da competição, da luta a todo custo pelos primeiros lugares, do lucro, considerado como o valor ultimo e absoluto: concorrência industrial até a eliminação da firma adversária; arrivismo social feito de cartas de recomendação, corrida em carro novo ou um traje da ultima moda para poder subir.

O jovem de hoje se prepara para inserir-se neste tipo de sociedade através de uma educação familiar e universitária muito frequentemente baseada numa educação para a competição social, arrivismo. É grave o perigo de uma escola que se torna lugar de seleção social, massificando os demais, relegando-os à categoria de ”inferiores” e fazendo subir os “mais bem dotado”. “Uma educação cristã que não se esforça por fazer o homem mais humano, mais capaz de verdadeira relação com o outro, e sim mais auto-suficiente, mais aristocrático, mais separado, termina por torná-lo potencialmente mais egoísta e explorador”.

Para todos, em qualquer plano da hierarquia social que se encontre, escolher o último lugar significa usar o próprio lugar para o serviço dos últimos e não para o domínio sobre eles.

Que esta reflexão possa nos ajudar a perceber que a grandeza do homem está não nos primeiros lugares, mas sim na humildade de servir o outro na simplicidade e amor.

Paz e bênção!