A modinha ecologística
Compartilhe

Em tempos nos quais a maioria das pessoas não enxerga sequer a realidade a respeito de si mesmas, é um trabalho hercúleo fazer com que percebam o seu papel no cosmos e o protagonismo humano em relação à Criação. A primeira coisa a entender é que sim, somos parte integrante de toda a natureza criada. E sim, somos responsáveis pela flora, fauna, meio-ambiente do qual somos parte. Porém, não se pode esquecer que tudo foi colocado nas mãos da humanidade por Deus, para que utilize esses recursos na árdua tarefa de crescer e multiplicar o gênero humano.

Perambula pelo éter das ideias bocós, uma modinha de que os recursos naturais devam ser intocáveis. Bobagem pura, extrato concentrado de palermice. Se não derrubássemos árvores, não teríamos casas, móveis, lenha, papel, etc. Se não escavássemos montanhas, não teríamos minérios, construções mais sólidas e duráveis e outras preciosidades. A ciência já provou: foi o hábito de se alimentar de carne que deu aos humanos um excesso de proteínas, causando o desenvolvimento maior do cérebro e resultando na inteligência que alguns de nós ainda conseguimos manifestar. Isso sem contar com o uso de peles, ossos, gorduras e outros extratos animais para a confecção de roupas, remédios e outros bens, duráveis ou não.

Acontece que, para os membros da seita ecologística, é pecado mortal contra a natureza matar um porco para comer ou derrubar uma àrvore para construir uma canoa. Ora, isso sempre se fez! Há tribos indígenas que ainda fazem assim todos os dias! Para os tais eco-chatos, são pecados mortais limpar um lote ou criar gado em larga escala. Além da pura falta do que fazer, negam à humanidade um direito dado por Deus: usufruir da natureza da qual somos a obra-prima.

Qualquer pessoa sensata despreza o maltrato a animais, a devastação desenfreada, a extinção de espécies, etc. Ninguém quer a destruição de ecossistemas e do planeta inteiro. Mas transformar o cuidado com o mundo em que vivemos numa espécie de religião eco-ambiental, não é o caminho. Também não é papel da Igreja incentivar tais distorções e cair nessa armadilha. Seria afastar-se da Missão confiada por Cristo.

Por mais que cuidemos das nossas matas, a nossa casa comum é o Céu, o Paraíso que aguarda todas as almas criadas por Deus. Para além de preservar a natureza, a Missão da Igreja é fazer que os fiéis preservem a própria alma. Muito mais que ensinar sobre os perigos das queimadas, é prioridade da Igreja alertar sobre o perigo das almas que podem queimar eternamente no inferno, como falou Jesus. A natureza está a nosso serviço. Nossas almas devem estar a serviço do Reino.

Não é fácil. Hoje a maioria chora com a morte de um cachorro, mas não com o assassinato de um ser humano. Fica chocada com um macaquinho doente, mas sequer visita um parente enfermo. Quer tanto salvar baleias, passarinhos e árvores, mas não se preocupa com a salvação da própria alma. Tristes e preocupantes contradições. Oremos.

Amém.