Um novo Pentecostes
Caminhando pelo Tempo Pascal e contemplando as maravilhas da Ressurreição de Cristo, avistamos a Solenidade de Pentecostes, uma liturgia rica de sinais e significados para a Igreja, pois foi a partir da descida do Espírito Santo, que se deu a missionariedade na Igreja e os apóstolos começaram a sair em pregação.
Com toda certeza, muitos foram as dificuldades para a formação das primeiras comunidades cristãs resultando em novas Igrejas, pois a crucificação de Cristo ainda amendrontava a muitos, mesmo tendo a certeza da Ressurreição. O dia de Pentecostes sinaliza esse impulso missionários para que os apóstolos saíssem das suas bolhas de medo e fossem anunciando o Reino de Deus, conforma Jesus tinha ensinado. Em Pentecoste se cumpre mais uma promessa de Cristo de edificar, a partir de Pedro, a Igreja até os confins da terra.
Mas e hoje? Como estavamos vivendo esse Pentecostes? Papa Francisco tem nos indicado com muita propriedade o caminho missionário para Igreja, ele nos pede uma Igreja em saída que vá ao encontro dos pobres, feridos pela sociedade e os acolha, mostrando sermos uma Igreja acolhedora e caritativa, como o Mestre ensinou.
Hoje precisamos nos abrir para um novo Pentecostes, para uma nova efusão do Espírito Santo e assim, sair e anunciar a Boa Nova do Evangelho como fizeram os apóstolos.
Na Exortação Apostólica Evangelli Gaudium nos encoraja Papa Francisco a sermos uma Igreja em Saída. “A Igreja «em saída» é uma Igreja com as portas abertas. Sair em direção aos outros para chegar às periferias humanas não significa correr pelo mundo sem direção nem sentido. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho. Às vezes, é como o pai do filho pródigo, que continua com as portas abertas para, quando este voltar, poder entrar sem dificuldade” Papa Francisco.
Vivemos tempos desafiadores com mudanças constantes em que os movimentos e pastorais não podem se transformar em pequenos clubes sociais, é tempo de saída, do testemunho pessoal e comunitário, saindo das zonas de confortos e contanto com o Espírito Santo para confrontar as dificuldades desta moderna sociedade. Devemos ser agentes de nova evangelização que a exemplo dos apóstolos levaram a Palavra de Deus a lugares distantes e deram à Igreja a característica missionária. Somos chamados a ser os novos missionários com a ajuda dos sete dons do Espírito Santo.
Preparemos-no para que no dia de Pentecostes, estejamos abertos a vinda do Espírito Santo.