“Bendito o que vem em nome do Senhor!”
O Domingo de Ramos abre a Semana Santa, celebrando a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sua Paixão e Morte. Para receber Jesus, o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde Ele passaria. A solene recepção do povo contrasta com a forma simples com que Jesus chega: montado em um jumentinho.
Procissão de Ramos
Com os ramos nas mãos, os fiéis relembram a entrada de Jesus em Jerusalém e o aclamam como “aquele que vem em nome do Senhor”. Mais do que repetir a cena evangélica, a liturgia dos Ramos é um sinal de nossa fé em Jesus Cristo. Os ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Em hebraico, a expressão “hosana” significa “salvai-nos” e se tornou uma exclamação de triunfo, alegria e confiança.
Ofício de Trevas
Antiga tradição de solenizar com o povo o ofício divino das matinas e laudes (partes da Liturgia das Horas rezadas pela manhã). O ofício que se canta é das matinas de Quinta-feira Santa, geralmente antecipadas para a quarta-feira à noite. Trata-se de um conjunto de salmos, leituras e antífonas feitos em canto gregoriano, em diálogo com os responsórios em polifonia. Um candelabro com quinze velas oferece ritmo à cerimônia. A cada salmo se apaga uma vela. Ao final somente a vela do vértice permanece acesa, representando Jesus. A cerimônia realizada no Carmo terá a participação da Schola Cantorum de Itu, dos congregados marianos do Carmo e do Coral Vozes de Itu.
Procissão de Passos
Realizada em Itu desde 1785 pela Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, hoje é organizada pelos congregados marianos. É uma contemplação de sete das catorze estações da via-sacra, diante de sete altares montados em residências do centro histórico de Itu. São duas procissões partindo da igreja do Carmo – uma conduzindo o Senhor dos Passos e, outra, Nossa Senhora das Dores – que se encontram diante da Igreja do Bom Jesus quando há o sermão do Encontro. Ao final, faz-se o Sermão do Calvário diante da igreja do Carmo. No trajeto, Verônica canta sete vezes o seu lamento, na melodia deixada pelo padre Jesuíno do Monte Carmelo (1804). Também são cantados os motetes de Passos do maestro José Mariano da Costa Lobo (1880), que este ano serão interpretados pelo coral Vozes de Itu.
Sermão das Sete Palavras
Tradicional cerimônia realizada na Semana Santa contemplando as sete últimas frases ditas por Jesus já pregado à Cruz. Os sermões dialogam com a música escrita em Itu, em 1867, pelo Maestro Elias Álvares Lobo. Na cidade, a cerimônia ficou conhecida também como “Três Horas de Agonia”, por retratar as últimas três horas de vida de Jesus na cruz. Na cerimônia que será realizada este ano na Paróquia Senhor do Horto e São Lázaro, a pregação será do Padre Fernando Meira e as músicas serão cantadas pelo Coral Vozes de Itu.
Sete dores de Nossa Senhora
A celebração relembra as principais dores que Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a paixão, morte e sepultamento de seu Filho. E é junto à Cruz que a Mãe de Jesus se torna Mãe de todos os homens e do corpo Místico de Cristo: a Igreja. Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Onde está a mãe, está também o Filho!” Maria é exemplo de fiel discípula e missionária. É aquela que vive a dor na esperança da Ressurreição.
Terço do Sangue de Jesus
De presença mais recente entre as celebrações da Semana Santa, nesta oração do Terço os fiéis pedem que os pecados sejam perdoados e todos os males sejam afastados. A devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus remonta à Igreja primitiva, sobretudo em referência ao sangue de Jesus derramado na cruz e também em alusão ao sangue de Cristo na Eucaristia. Por ser a expressão mais eloquente da entrega que Jesus fez de sua vida pela nossa salvação, o Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre contou com uma forte devoção popular.