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Diácono João Preto
Paróquia São Camilo de Lellis

O monte das Oliveiras é lugar de oração pessoal de Jesus, onde às vezes passava a noite orando. A madrugada é considerada o momento da graça, propício para ouvir a Palavra de Deus. Jesus encontra-se no templo e enfrenta uma cilada armada pelos escribas e fariseus contra ele, usando a fraqueza de uma mulher.

Se Jesus aceitar a acusação que recai sobre a mulher, estará aprovando o homicídio e contrariando suas atitudes de bondade e acolhimento dos pecadores; se libertá-la, desobedecerá à lei de Moisés. A lei decretava pena de morte por apedrejamento à mulher, prometida ou desposada, infiel e ao homem a quem pertencia, mesmo que ainda não convivesse com ele.

Como caso legal prático os fariseus apresentam-no a Jesus como armadilha para condená-lo. Como caso particular, querem um Conselho sobre a aplicação da lei Mosaica, uma vez que viram Jesus se “distanciar da lei” ao perdoar pecadores e com eles conviver.

Jesus apresenta uma solução inesperada pelos inimigos: Manda que a lei seja cumprida, mas por aqueles que são impecáveis, “justos”. Desmascarados, vão saindo de fininho. De acusadores, passam a acusados.

A autoridade de Jesus faz com que os acusadores (homens) tomem consciência da incoerência da injustiça de dois pesos e duas medidas, do tratamento desigual entre homem e mulher.

Os inimigos de Jesus viviam criando armadilha para pegá-lo, mas eles mesmos é que acabavam caindo nelas. O confronto com a mulher surpreendida em flagrante adultério não deixou Jesus embaraçado. Seus adversários tão espertos para flagrar o pecado alheio, não foram capazes de esconder de Jesus os próprios pecados. Afinal, não é a mulher a grande pecadora, e sim, os escribas e fariseus que a acusavam.

A idade não os levou a amadurecer na virtude. Pelo contrário, cresceram na maldade e na malícia. Consequentemente, faltava-lhes moral para acusar aquela pobre mulher.

A exortação final que o Mestre lhe dirigiu “Não peques mais!” aplica-se perfeitamente bem aos seus inimigos.
Estes intencionavam pôr Jesus à prova. Mostraram-se impiedosos com uma mulher de cuja fraqueza se aproveitaram.

Quiseram parecer honestos, quando na verdade viviam no pecado, uma vez que se insurgiam contra o enviado do próprio Deus. Eles é que deveriam converter-se. A única coisa boa que fizeram foi colocar a pecadora em contato direto com o coração misericordioso de Jesus.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!