A esperança tem nome: Jesus de Nazaré
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“Pois nasceu para nós um pequenino, um filho nos foi dado” (Is 9,5).

Queridos leitores e leitoras: celebrar o Natal é fazer memória dos fatos salvíficos realizados por Deus através de seu Filho Jesus Cristo. A humanidade celebra a experiência de ser amada por Deus, pois Ele quis morar no meio de nós para trazer vida, esperança, justiça, paz e salvação. Neste tempo, ainda de pandemia, de medo, incertezas, isolamento e perdas, as comunidades vivem a experiência do Natal. Experiência idêntica à do ano passado, mas com algumas luzes. E diante desta situação cabe perguntar: Que tempo é este? O que estamos aprendendo? Que desafios permanecem?
Como sabemos, será mais um Natal que traz consigo meses de sofrimento, de dificuldades, de perdas. A pandemia colocou à prova a vida das pessoas, muitas vezes forçando-as a lidar sozinhas com grandes sofrimentos como a morte de entes queridos ou a impossibilidade de ficar perto daqueles que estão sofrendo.
Como nos tempos do nascimento de Jesus, as razões para ter medo e viver no desespero são numerosas, mas nas horas mais sombrias da história, os cristãos precisam encontrar conforto e esperança na Boa Nova do nascimento do Salvador em Belém. No seu tempo de grande angústia, o profeta Isaías profetizou a transformação do medo em esperança, dizendo: “Pois nasceu para nós um pequenino, um filho nos foi dado. O principado está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz” (Is 9,5). São Lucas, por sua vez, fez questão de relatar a experiência: “De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste louvando a Deus e dizendo: ‘Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz a todos por ele amados!’” (Lc 2,13-14).
Como cristãos e cristãs, vemos neste evento singular do nascimento do Menino Jesus, numa aldeia desolada na periferia do Império Romano, o início frágil de nossa redenção. Como fiéis, entrevemos o “sim” de Deus à vida e o amanhecer de uma nova vida que triunfa sobre a morte e o desespero. A encarnação, portanto, é o “sim” decisivo de Deus à humanidade e à criação.
O Natal coloca diante de cada um e de cada uma de nós os eternos valores trazidos por este Menino encarnado para uma humanidade faminta e por vezes enferma, privada de um horizonte feliz e sem rumo de vida. Uma humanidade que na pandemia se sente mais frágil, sem força para nada, mas que precisa de esperança, uma esperança que nasce no mais fundo do nosso ser humano para sermos imagem e semelhança do Deus que é Amor.
Por Ele ter vindo ao mundo, temos um exemplo perfeito a seguir. Se nos esforçarmos para nos tornar como Ele, teremos alegria e felicidade na vida e paz em cada dia do ano. E seguir seu exemplo, fará brotar em nós mais esperança, bondade e amor. O caminho é árduo, mas a esperança agora tem nome: Jesus de Nazaré!
Um Feliz Natal para todos vocês e suas famílias! Abençoado Ano Novo cheio de paz, amor e esperança. E a todos abençoo.

Dom Vicente Costa
Bispo Diocesano de Jundiaí