Fase nebulosa
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por Bernardo Campos

Por mais encontradiça e recorrente que seja a expressão a intitular esta matéria, seja ela consignada efetivamente como tal. É a própria escuridão.
O Brasil, do ponto de vista dos informes obtidos na CPI vigente, da maioria dos depoentes como se fora a fórceps, clama aos céus.
Na crônica anterior, ainda se admitira como duvidosa a hipótese de existência de gabinete paralelo, ora constatado.
Pronto, a crônica aí está. Em verdade, mero lembrete do muito enunciado e divulgado sobre a barca nacional.
Mesmo assim a vida corre.
Feita a ressalva acima e dispensado até o título da abertura, quer-se caminhar como sempre, porém mais em paralelo a clima ameno. Nada nebuloso, pois. Faz de conta.
Se divagação, que se faça como percurso bem a esmo.
Destarte, se me permitem, lá vou eu, logo ali, virar a primeira esquina.
Completamos, a Flávia e eu – e quantos assim não o terão feito – longos e demorados meses de vilegiatura, não propriamente amena. Nesse aspecto, punge sim o distanciamento dos familiares e, particularmente, dos menores.
Muita falta me faz de outra feita a possibilidade de participar das reuniões via informática da ACADIL e da ASLe, Academias de Letras de Itu e Salto, eis que nessa área da informática, vejo-me adstrito e, muito superficialmente, usuário apenas do word, no que nele haja de imprescindível.
Impingiu-se à própria Igreja Católica o extremo de cancelar os atos litúrgicos e aos poucos, então, liberá-los parcialmente, no benefício do povo.
Ainda se o São Paulo, que, de atual campeão paulista, não tivesse desaprendido de como lidar com a bola nos últimos tempos, compensaria um pouco o marasmo. Nesse aspecto, mais triste ainda, o título da Copa América ter escapado e logo para a Argentina e em solo brasileiro. Foi constrangedor, embora nem tanto como na inauguração do Maracanã, em julho de 1950, título cedido ao Uruguai.
Também, agora e aqui, vamos transpor os muros da choradeira, ao menos tanto quanto possível.
A esta altura já estava começada a matéria para continuar no dia seguinte e eis que na terça o São Paulo dá o troco ao Racing: 3 a 1.
Um registro positivo e de elevado alcance, se constata com a edição de livros de autores acadêmicos ou intimamente ligados a Itu, no período de julho de 2020 a julho de 2021, a saber: A Filha do Reich e No fundo do rio (ambos de Paulo Stucchi); A Alpinista (Marcio Pitliuk); Alexandre de Gusmão (Synesio Sampaio Goes Filho); A Escravidão, Vol. II, do eminente Lalurentino Gomes, Membro Honorário da ACADIL. Conte-se ainda, com Nelsinho, mais um livro de Valdemir Barsalini.
O mesmo entusiasmo editorial apresenta a ASLe, coirmã em Salto. Veja-se:
Lugares da memória (Ettore Liberalesso); Passado & Presente Se Entrelaçam Para o Futuro (Cristina Maria Salvador); Alcione Pereira na Imprensa de Salto (Valter Lenzi); ¨Perigo na página¨ Leandro Tomaz de Almeida; ¨Escritos Plurais¨ (Decio Zanirato Júnior).
Decorre já tempo razoável sem qualquer reparo às mudanças para o trânsito da Floriano Peixoto, com o que se consagra satisfação da parte dos usuários, motorizados ou não. Tudo a se encaminhar por si e pela lógica a uma consequência futura e espontânea, a de ali se impedir de vez a passagem de veículos.
O mais sensato dos alcaides da cidade de Itu, 1952 a 1955, sem desmerecer nenhum outro de antes ou depois, – o saudoso Dr. Felipe Nagib Chébel, – fez pavimentar com paralelepípedos, toda área fronteiriça ao cemitério e na de acesso ao Bairro Alto. Criou o Estádio Municipal e preparou sob os cuidados do competente profissional, Joel de Souza Costa, o arruamento do Bairro Brasil. Devidamente idealizados por tal Prefeito, nessa área se construíram de fato os prédios do Fórum e da Escola SENAI e a atual Estação Rodoviária. Para esse novo Bairro, fora igualmente previsto, um novo Mercado Municipal, amplo e descentralizado, incumbência ignorada depois de sua saída.
Estranha-se por isso, desde sua recente reforma, o vazio de seu espaço interior, até porque, a tempo e hora, fora sugerido aproveitá-lo para cerimônias e sessões de ampla variedade.
Mesmo com um acompanhamento apenas relativo de como transcorre a aplicação da vacina Brasil afora, fica evidente o rigor e a seriedade de como se tem se esmerado o Executivo local nesse particular. Parabéns.
Aliás, incumbência de alta reponsabilidade também agora, essa, ingrata, quanto ao consumo de água, cujo racionamento entrou em vigor dia desses. É colaborar.
Agora então quando tudo indica período de frio mais pungente, constrange a todos nós vermos os moradores de rua por aí. Nos bons tempos – anos setenta, oitenta, de pronto nem conseguiria precisar – formavam-se vários grupos a tirá-los do relento e acomodá-los no Albergue e possíveis tetos outros. A Polícia inclusive prestava-se a transportá-los.
Talvez atualmente até possa existir acolhimento dessa ordem, que eu não saiba, mesmo porque, salvo engano, mesmo o Albergue estaria em reforma.
A tradicional Festa de Nossa Senhora do Carmo, a 16 de julho, nao obstante a pandemia, foi comemorada solenemente com a celebração de Missas às 7, 9, 12 e 18 horas, comandada pelo Reitor, Frei Rothmans Darles de Campos e com passeata pelas ruas de costume.
Deus nos proteja a todos.

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