SP estende fase de transição por 2 semanas
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Com indicadores da pandemia em queda, Estado mantém liberação gradual e segura de atividades; medida entra em vigor neste sábado (8)

O Governador João Doria confirmou nesta sexta-feira (7) uma nova prorrogação da fase de transição do Plano São Paulo para todo o estado por mais duas semanas, até o próximo dia 23. O estado continua registrando redução gradual de indicadores de casos, internações e mortes por COVID-19. Isso permitiu a extensão de mais uma hora no expediente de atendimento presencial, das 6h às 21h, e com limitação de 30% de capacidade em comércios e serviços não essenciais.

“É uma medida positiva e que vem no esteio de resultados que, gradualmente, estamos conquistando com a ajuda das pessoas que estão observando as orientações do Plano São Paulo, do Governo do Estado, e, principalmente, do Centro de Contingência, dos médicos e profissionais da ciência que nos assessoram”, afirmou o Governador. “Temos que agir com responsabilidade e cautela, realizando uma abertura gradual e segura da nossa economia para evitar qualquer novo pico da pandemia em São Paulo”, acrescentou Doria.

O horário estendido das 6h às 21h vale a partir deste sábado (8) para estabelecimentos comerciais, galerias e shoppings. O mesmo expediente poderá ser seguido por serviços como restaurantes e similares, salões de beleza, barbearias, academias, clubes e espaços culturais como cinemas, teatros e museus.

A fase de transição mantém liberadas as celebrações individuais e coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social. Parques estaduais e municipais também poderão ficar abertos, mas com horário das 6h às 18h.

Para evitar aglomerações, a capacidade máxima de ocupação nos estabelecimentos liberados prossegue limitada, mas com ligeiro acréscimo de 25% para 30%.

O toque de recolher continua nas 645 cidades do estado, agora das 21h às 5h, assim como a recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.

“É muito importante mostrar que o esforço de todos tem valido a pena. Nós conseguimos ter uma redução de internações, casos e óbitos. Mantivemos essa desaceleração, o que nos dá o conforto por um lado, mas também a responsabilidade pelo patamar ainda elevado e manter essa gestão segura da pandemia”, afirmou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

Nesta sexta, a taxa de ocupação de UTIs por pacientes graves com COVID-19 está em 78,3% no estado e em 76,3% na Grande São Paulo. O total de internados em UTIs era de 10.060 em todo o estado, com outros 11.260 pacientes em vagas de enfermaria.

Governo de SP anuncia vacinação contra COVID-19 para pessoas com 50 a 54 anos com deficiências e comorbidades

O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (7) a vacinação contra COVID-19 para pessoas com comorbidades e deficiências permanentes na faixa de 50 a 54 anos. Os grupos poderão tomar a primeira dose do imunizante a partir da próxima sexta (14).

“Este grupo não estava na programação de vacinação dos grupos já anunciados. Vamos iniciar essa vacinação para pessoas com deficiência permanente e comorbidades, na faixa etária entre 50 e 54 anos, na próxima sexta-feira, 14 de maio. O público estimado é de 865 mil pessoas”, disse Doria.

Serão contempladas as pessoas que tiverem uma ou mais comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde (verifique a lista disponível no final do texto) e, no caso dos deficientes, o comprovante do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).

Na mesma semana, o Governo de SP começa a vacinar praticamente um novo grupo por dia. Já na segunda-feira (10), doses passam a ser aplicadas em quem tem Síndrome de Down, pacientes em tratamento de hemodiálise (Terapia Renal Substitutiva) e transplantados que utilizam imunossupressores. 

A partir de terça-feira (11), será a vez das gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) com idade acima de 18 anos e com comorbidades. Na mesma data, também começa a valer o cronograma para as pessoas com deficiência permanente que têm entre 55 e 59 anos. Do dia 12 (quarta-feira) em diante, pessoas com comorbidades desta mesma faixa etária.

Orientações e requisitos para vacinação dos novos grupos:

Para receber as doses, qualquer pessoa com comorbidades e que integre os grupos anunciados devem apresentar comprovante da condição de risco por meio de exames, receitas, relatório ou prescrição médica. Os cadastros previamente existentes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) também podem ser utilizados.

A orientação vale tanto para as pessoas com comorbidades nas faixas etárias de 50 a 59 anos quanto para as pessoas com Down, em hemodiálise e transplantados – para este último grupo, é também recomendável a apresentação de receita médica do medicamento imunossupressor em utilização pelo paciente.

Já as pessoas com deficiência permanente precisam apresentar o comprovante de recebimento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).

Relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde:

•Doenças Cardiovasculares

•Insuficiência cardíaca (IC)

•Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar

•Cardiopatia hipertensiva

•Síndromes coronarianas

•Valvopatias

•Miocardiopatias e Pericardiopatias

•Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas

•Arritmias cardíacas

•Cardiopatias congênitas no adulto

•Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados

•Diabetes mellitus

•Pneumopatias crônicas graves

•Hipertensão arterial resistente (HAR)

•Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).

•Hipertensão arterial – estágio 3

•Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade

•Doença Cerebrovascular

•Doença renal crônica

•Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)

Obesidade mórbida

•Cirrose hepática

Alerta para 400 mil faltosos

O Governo de São Paulo fez um alerta para as mais de 400 mil pessoas que ainda não compareceram aos postos de vacinação para tomar a segunda dose da vacina contra COVID-19. Os dados consolidados até quinta-feira (6) mostram que 400.958 pessoas que já receberam a primeira dose dos imunizantes disponíveis ainda precisam completar o esquema vacinal, ou seja, receber a segunda dose. O total inclui 101.753 pessoas que tomaram a vacina da Fiocruz (Astrazeneca/Oxford) e outros 299.205 referentes à vacina do Butantan (Coronavac).

“Todos aqueles que não foram a uma unidade básica procurar a segunda dose não estão imunizados. Precisamos que as pessoas se imunizem”, afirmou a Coordenadora Geral do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula.

Cerca de metade das pessoas que se enquadram nestes públicos reside na Grande São Paulo, que registra 196.169 faltosos. As regiões de Taubaté, Sorocaba, Baixada Santista, Ribeirão Preto e Campinas, que têm alta densidade populacional, respondem em média por 5% a 7,5% do total de faltosos no Estado.

Com base nas estatísticas populacionais previstas pelo Ministério da Saúde para cada faixa etária ou público específico, o Governo de São Paulo define as remessas de doses necessárias para uma das 645 cidades avançar em cada etapa da campanha.

Os quantitativos de primeira e segunda dose são idênticos, realizados em duas entregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas.

As grades de vacinas são enviadas com base no cronograma do PEI e com todas as orientações técnicas para uso dos imunizantes, em conformidade com o intervalo de tempo de aplicação entre doses (até 28 dias para a vacina do Butantan e até 12 semanas para a da Fiocruz).

Estado de São Paulo é o que mais vacina contra COVID-19 no Brasil

O Estado de São Paulo é o que mais aplica a segunda dose da vacina contra COVID-19 do país e já garantiu esquema vacinal completo para mais de 4,7 milhões de brasileiros, conforme dados desta sexta-feira (7) extraídos do Vacinômetro às 12h57. No total, já foram aplicadas mais de 13,1 milhões de doses.

Em São Paulo, a cada 10 pessoas vacinadas, mais de 5 já estão totalmente protegidas e as demais já têm garantia de recebimento da segunda dose. Isso acontece graças ao trabalho da equipe do PEI (Plano Estadual de Imunização) para assegurar a perenidade da campanha e a administração dos imunizantes em intervalo de tempo adequado para todas as 645 cidades.

“Estamos em um momento que temos a primeira dose sendo aplicada e também a segunda dose sendo aplicada. Quando a gente olha para as duas doses aplicadas, é nesse momento em que a pessoa está com o esquema vacinal completo, e ela tem a sua imunidade completada. E quinze dias depois você tem realmente a certeza de que essa pessoa está imunizada”, disse a coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula.

São Paulo está em primeiro lugar no ranking que compara o avanço da campanha no Brasil, com 10,11% de aplicação da segunda dose, à frente de estados como Paraná e Distrito Federal (ambos com 9,7%), Rio Grande do Sul (8,85%) e Santa Catarina (8,67%). Além disso, o índice de São Paulo é superior em quase dois pontos percentuais em comparação à média nacional, de 8,19%. Os percentuais são referentes a balanços do Consórcio de veículos de imprensa da noite de quinta-feira (6), que considera dados das Secretarias Estaduais de Saúde calculados em função da população total estimada pelo IBGE.

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