Ituano FC vs Eficiência/Regularidade
De acordo com o gestor do Ituano FC, Paulo Silvestri, “os resultados virão”; analisando a campanha do Galo, após nove rodadas, final do 1º turno do Campeonato Brasileiro Série C. Irei um pouco mais longe.
Antes da pandemia, até 15/03, o Ituano realizou 10 jogos com duas vitórias, cinco empates e três derrotas, marcou oito gols e sofreu 12, um aproveitamento de 36,66%. “Pós pandemia”, 22/07, após 128 dias de inatividade, foram 12 partidas realizadas com 41,66% de aproveitamento, sendo três vitórias, seis empates e três derrotas, marcando 16 vezes com 15 gols sofridos. O “rei do empate”, e o pior, cinco em casa.
Em suma, na temporada 2020, o Ituano disputou 66 pontos entre Paulistão, Troféu Interior e Série C, ganhando apenas 26, ou seja, apenas 39,4% de aproveitamento, basicamente com o mesmo elenco (pouca alteração da espinha dorsal) desde o começo da temporada. É muito pouco, convenhamos, assim, fica muito “vaga” a afirmação do gestor rubro-negro, quando fala: “hora de refletir, é um bom momento para se fazer um balanço e a participação do Ituano até aqui. Olhando o que o time fez e projetando o 2º turno da competição”.
Gente, vamos realizar cinco partidas fora (Tombense, Londrina, São José-RS, Criciúma e São Bento – por enquanto só o São Bento atrás na tabela) e quatro em casa (Volta Redonda, Brusque, Boa Esporte e Ypiranga, exceto o Boa, os demais à frente do Galo).
Creio que seja necessário muito mais do que o otimismo pregado pelo gestor, se faz necessário eficiência e qualidade, uma regularidade que até aqui o elenco não mostrou. Não estou “livrando” o técnico Vinícius Bergantin, mas os jogadores precisam se doar mais, pois não vejo tanta diferença de qualidade dos outros elencos para com o do Galo.
E como o disse Paulo Silvestri, “encerramos o primeiro turno com um fraco empate em casa contra o São Bento. Digo fraco, porque não conseguimos finalizar e converter em gol e por isso colhemos mais um empate em casa. Perdemos muitos pontos em casa e estamos devendo futebol nesta primeira metade do campeonato”, explicou o gestor do Ituano.
Finalizando, todos os jogadores e comissão técnica tem falado sobre a dedicação, realmente isso não falta, mas para o time entrar logo no campeonato, o elenco necessita de dois meias experientes com qualidade, que consigam ler o jogo e municiar mais os atacantes, pois, erramos nas finalizações, mas elas, na sua grande maioria, não são de forma clara, se me entendem!
Paulo Silvestri salientou que; “estamos atentos ao mercado, o elenco nunca se fecha. Temos um processo constante de renovação do elenco. Trabalhamos muito com atletas da base. E pelo planejamento de carreira como fica combinado com eles, alguns tem oportunidade de sair. Assim como para atletas que buscam crescer na carreira. Para isso, o Ituano está sempre atento ao mercado. Nossa promessa sempre foi muito trabalho, dedicação, seriedade e também cobrança. E nada disto está faltando. Continuamos prometendo suar e honrar a camisa do Ituano, os resultados virão neste segundo turno. Vem coisas boas para o Ituano” finalizou.
Seleção atrapalha os clubes ou eles mesmos é que se atrapalham
Solução óbvia é interromper torneios de clubes para Eliminatórias; assim como se faz em toda Europa. Tentaram ou estão tentando copiar o retorno “pós pandemia” dos europeus, mas o calendário e forma de administrar, o Brasil não imita.
A disputa das Eliminatórias Sul-Americanas nem começou, mas já causa estrago: a disseminação da tese segundo a qual as seleções precisam jogar menos para “não atrapalhar” os clubes. É natural que tal ideia volte a circular, já que nossos times disputarão partidas importantes sem seus principais jogadores, cedidos para seleções nacionais.
Jogos de Eliminatórias e amistosos entre seleções são disputadas em períodos conhecidos como “Datas Fifa”, em que clubes são obrigados a liberar jogadores para seus países. Nessas janelas, o futebol de clubes é interrompido no mundo civilizado. As Datas Fifa são definidas com muita antecedência (o calendário mundial de 2024 está na praça há anos), numa mesa com gente do mundo todo, e na qual o Brasil tem lugar cativo. Por isso esses períodos são respeitados no mundo inteiro.
Hoje a Fifa obriga os clubes a liberar os jogadores convocados por meio de sanções aos que se recusam a fazê-lo. Aqui, adotamos a solução com fracasso comprovado: vedar o acesso à seleção brasileira para quem atua no Brasil.
A medida prejudica atletas e estimula êxodo, afinal quem não quer ter a chance de jogar uma Copa do Mundo?
A seleção só “atrapalha os clubes” porque os clubes brasileiros se deixam atrapalhar. E isso só acontece porque aqui os clubes topam jogar demais. O Flamengo jogou 76 vezes em 2019, algumas delas sem seus principais jogadores, ocupados servindo suas seleções. O Liverpool jogou 53 vezes na temporada 2018/2019, mas nunca precisou pedir para um jogador não defender seu país.