Falta de ritmo deverá ser a máxima no retorno do futebol
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Os campeonatos estaduais estão, aos poucos, retornando às suas atividades. Mas, sempre há o risco de novas paralisações, como foi o caso do Campeonato Catarinense que já havia sido retomado e novamente foi paralisado, para melhorar a segurança de atletas e comissão técnica, devido a pandemia.
O campeonato Carioca terminou na quarta, com o título do Flamengo vencendo o Fluminense por magro 1 a 0. Prova que mesmo o estrelar Flamengo ainda vai demorar um pouco para voltar a sua melhor forma, castigado principalmente pela já declarada saída do técnico Jorge Jesus, assediado pelo Benfica.
Com o relaxamento do isolamento social, doze estados já possuem data de reinicio dos campeonatos regionais, incluindo São Paulo e Rio Grande do Sul. Outras doze competições estaduais ainda não obtiveram liberação para reiniciar os treinos e o amazonense foi encerrado, sem definição de critérios para determinar vencedor e rebaixados.
O retorno dos jogos, provavelmente, será marcado pela falta de ritmo dos atletas, implicando em decréscimo da qualidade de desempenho das equipes, tanto tática como tecnicamente. Acredito que tanto clubes tradicionais quanto os de menor porte sentirão o reflexo deste tempo de paralisação, que foi demasiadamente longo, numa situação inusitada para o futebol.
Por isso, a retomada das competições regionais será mais difícil para os times que, antes da pausa, não estavam em boa situação na tabela de classificação. Na maioria dos casos, os campeonatos já haviam cumprido boa parte do calendário e não haverá tempo hábil de recuperação para as equipes que não estavam bem colocadas.
No Campeonato Paulista, por exemplo, o Corinthians terá que vencer as duas partidas restantes da primeira fase e torcer para que seus adversários diretos no grupo, não pontuem. Uma vez que o time alvinegro estava oscilando fortemente antes da pandemia, as perspectivas não são boas. Além da pressão pelo risco de rebaixamento, o Timão terá que lidar com a perda de atletas importantes do elenco, como Pedrinho e Vagner Love.
O clube ainda, passa por crise financeira agravada pela paralisação dos jogos e está com salários atrasados, o que poderá afetar o rendimento da equipe dentro de campo. Acredito que o cenário mais animador seria tentar evoluir a performance tática com a sequência de jogos, para dar corpo ao desenvolvimento da equipe. Santos, São Paulo e Palmeiras, antes da paralisação, estavam em situação tranquila em termos de classificação no Paulistão e provavelmente darão sequência aos jogos do estadual da forma habitual. Palmeiras e São Paulo mostravam-se adaptados aos esquemas de seus técnicos.
O Santos, vinha em fase de crescimento tático e técnico antes da parada da pandemia.
O Campeonato Brasileiro também já tem data prevista para início em 9 de agosto e término em fevereiro/2021. Por ser uma competição longa, se tornará uma maratona de jogos sem muitos intervalos para recuperação e treinamentos. Mas, com certeza servirá para auxiliar no desenvolvimento tático das equipes que ficou prejudicado devido à paralisação.
Apesar de considerar prematuro, o regresso das atividades do futebol brasileiro é um alento aos corações sedentos pela prática deste esporte. As dificuldades táticas estarão visíveis nas equipes e será mais uma fase no processo de adaptação ao novo normal que a pandemia impôs a humanidade.

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