Oposição pede afastamento de Andrés Sanchez
O grupo de oposição do Corinthians denominado “Frente Liberdade Corinthiana”, ingressou na manhã de segunda-feira 29, com uma ação na Justiça pedindo o afastamento imediato de Andrés Sanchez da presidência do clube.
A justificativa para o pedido é de que houve desrespeito ao estatuto do Corinthians e gestão temerária de Andrés Sanchez. O processo, aberto na 4ª Vara Cível do Tatuapé, é assinado por 19 pessoas, sendo 13 conselheiros.
Uma das alegações para embasar o pedido de afastamento do presidente é de que, em 2019, o clube contraiu R$ 70 milhões em empréstimo junto a dois bancos sem solicitar aprovação interna. O estatuto do Corinthians afirma que empréstimos acima de 10 mil salários mínimos precisam da autorização do Conselho de Orientação, mas essa determinação não foi observada pela presidência, afirmou o advogado Cristiano Medida, representante da “Frente Liberdade Corinthiana”.
Caso Andrés seja afastado da presidência, o cargo passa a ser ocupado por Edna Murad Hadlik, primeira vice do clube. A “Frente Liberdade Corinthiana” diz contar com 16 conselheiros atualmente. O grupo terá uma chapa para disputar a eleição para o Conselho Deliberativo em novembro, mas não contará com um candidato à presidência.
Eleito em março de 2018, Andrés Sanchez tem mandato até o fim deste ano. Ele não pode tentar a reeleição no pleito de novembro e, até o momento, não definiu se irá apoiar algum candidato.
O Corinthians vem enfrentando uma grave crise administrativa. O clube vinha mal financeiramente desde o ano passado, mas viu seus problemas se agravarem por conta da pandemia do novo coronavírus. O clube fechou 2019 com uma dívida de R$ 665 milhões e atualmente deve dois meses de salário ao elenco.
Nas últimas semanas, o Timão sofreu uma série de cobranças na Justiça. Todos esses pontos são utilizados para embasar o pedido de afastamento de Andrés.