Tempo de reformas nas igrejas ituanas
Com a morte do Capitão mor Vicente Taques, a Igreja do Bom Jesus passou, em 1826, à zeladoria do Frei Pedro da Anunciação Chaves. Ele reuniu esforços para a reforma da igreja, reforço das suas estruturas, nova torre, frontispício e retábulo. Nesse tempo, em Itu eram ao todo seis padres e dezenove frades nos dois conventos (Carmo e São Francisco). Neste funcionava uma pequena escola para aprendizes de artes e música, conduzida pelo Frei José de Santa Delfina, onde estudou o pequeno Miguel Dutra. É este ambiente que vai encontrar o Padre Francisco Emídio de Toledo, pároco nomeado em janeiro de 1826. Natural de São Paulo, filho de pais incógnitos, estivera antes na paróquia de Mogi Mirim e em sua terra natal.
Em Itu, a 12 de outubro de 1826, ele batizou o inocente Miguel Corrêa Pacheco, que viria a ser o mais notável pároco da história da cidade.
Percebendo o precário estado de conservação da Igreja Matriz, após torrenciais chuvas, o sr. Antonio Bento Carvalho levou à Câmara a demanda de uma reforma e o padre José Galvão de Barros França iniciou a subscrição de fundos para as obras, conduzidas a partir de 1830 pelo Padre Elias do Monte Carmelo. Foram três anos de trabalho. Reforçou-se o telhado e o forro. Retocou-se a pintura e douramento, além da colocação de cadeiras fixas, na capela mor (recentemente retiradas). Construiu-se o adro diante da fachada e a torre central ganhou novos sinos e um relógio.
Enquanto isso o Padre Toledo passou a atender na igreja do Bom Jesus transformada em matriz provisória. Porém, em 1831 ele se alistou como voluntário em defesa da pátria nos movimentos contra a abdicação de D. Pedro. Em janeiro de 1832 deixou Itu sem ver concluída a obra de restauro da matriz.
Luís Roberto de Francisco – Biblioteca Histórica “Padre Luiz D’Elboux”