Perguntando ao Papa (4) – Abusos: “que jamais sejam prescritos”
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O longa-metragem “Amém: Perguntando ao Papa”, lançado no último dia 5 de abril, apresenta uma conversa entre o Pontífice e 10 jovens – quase todos distantes da Igreja – que o questionam sobre as principais preocupações de sua geração em relação às posições da Igreja. O documentário está disponível na plataforma de streaming Star+. O jornal “A Federação” publica, a cada edição, os trechos mais significativos.

Abusos: “que jamais sejam prescritos”

Juan, um espanhol, que mal consegue falar por causa da angústia que sente, diz a Francisco que quando ele tinha onze anos de idade foi abusado em repetidas ocasiões por um numerário da Opus Dei que trabalhava como professor em sua escola. O culpado foi condenado pelo sistema da justiça civil, embora com uma pena reduzida.

O Papa ficou entristecido, mas sobretudo surpreso quando o jovem lhe entregou uma carta escrita precisamente por ele. Era a resposta pessoal do Pontífice dirigida ao pai do jovem, na qual ele lhe disse que a então Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) trataria do caso em nível canônico. O jovem, que admitiu não ser mais um crente, explicou-lhe que a CDF havia decidido que àquele professor deveria ser restituído o bom nome, exonerando-o da responsabilidade.

Francisco se comprometeu a rever o caso, mas outros o contestam pela resposta geralmente negligente da Igreja ao abuso de menores por parte de seus ministros. O Papa expressa seu pesar por estes atos e ilustra tudo o que está sendo feito para combatê-los, para que, pelo menos na Igreja, “estes casos de abuso de menores não caiam em prescrição. E se com os anos caem em prescrição, eu levanto automaticamente tal prescrição. Não quero que isto jamais caia em prescrição”, diz ele muito seriamente.

(Fonte: Vatican News)

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