As combinações entre piloto e motor  mais vencedoras da história da Fórmula 1
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Algumas combinações entre pilotos e equipes ficaram bastante famosas na Fórmula 1, como por exemplo Ayrton Senna / McLaren, Nelson Piquet / Brabham ou Emerson Fittipaldi / Lotus. Mas claro, houveram outras combinações vencedoras entre pilotos e motores.
O escocês Jim Clark / Climax, disputou todas as suas 72 corridas pela Lotus e conquistou 25 vitórias. As primeiras 19 vitórias foram alcançadas com o motor Climax, que empurrou o escocês para o bicampeonato mundial em 1963 e 1965. Só em 1966, o compacto motor do fabricante inglês acabou superado, graças à mudança de regulamento que permitiu a adoção dos propulsores de 3.000 cc no lugar das unidades de 1.500 cc de antes.
Ao se mudar para a McLaren, Alain Prost iniciou sua fase mais vitoriosa na F1. Um grande fator para esse sucesso foi o motor Porsche turbo, que levou o francês a 19 vitórias entre 1984 e 1987, numa média de quase cinco vitórias por ano (número alto para a época). Com o motor Porsche, que tinha um inovador sistema de injeção eletrônica e um consumo bem mais controlado do que as unidades de Renault, Honda e Ferrari, Prost foi bicampeão mundial, em 1985 e 1986.
Piloto da McLaren desde 1993, Mika Hakkinen passou a usar motores Mercedes em 1995. O finlandês viveu toda a fase de maturação do conjunto equipe/motor até vencer pela primeira vez na F1, em 1997. Depois, a McLaren passou a ter carros projetados por Adrian Newey, e Mika soube aproveitar isso bem. Foram dois títulos mundiais (1998 e 1999) e um vice-campeonato (2000), e Hakkinen conquistou todas as suas 20 vitórias na categoria com os motores Mercedes.
Após uma temporada pela Brabham, Damon Hill se tornou titular na Williams, que vivia o auge de seu poderio com a combinação vitoriosa com a Renault. O inglês conseguiu aproveitar bem o conjunto e alcançou 21 vitórias pilotando uma Williams-Renault. Nos campeonatos, foram um terceiro lugar (1993), dois vices (1994 e 1995) e um título (1996). Depois, Hill disputou mais três temporadas, por Arrows (Yamaha) e Jordan (Mugen-Honda), pela qual venceu pela última vez.
Eis aqui mais um caso de piloto que só venceu com motores do mesmo fabricante: depois de quatro temporadas pela Williams, Nico Rosberg foi contratado pela Mercedes e participou de todo o processo que culminou no domínio da equipe alemã. Depois de uma vitória em 2012 e duas em 2013, Rosberg passou a vencer mais corridas com o advento dos motores híbridos. Entre 2014 e 2016, ano em que foi campeão, ganhou mais 20 grandes prêmios. Sempre com motores Mercedes.
Depois de correr na BRM, que fabricava seus próprios motores, entre 1965 e 1967, Jackie Stewart se transferiu para a equipe de Ken Tyrrell, que tinha chassis Matra e unidades Ford. Pelo time, foi vice em 1968 e campeão em 1969. A partir de 1970, a Tyrrell passou a usar carros da March e depois a fabricar o próprio chassis. Stewart ainda foi campeão em 1971 e 1973, além de ter completado a carreira com 27 vitórias, sendo 25 com motores Ford.
Em outro patamar
A simbiose entre Ayrton Senna e os técnicos da Honda ficou mundialmente conhecida. A parceria começou em 1987, quando o brasileiro ainda estava na Lotus, e Ayrton teve papel fundamental para convencer os japoneses a ir com ele para a McLaren. Lá, conquistou seus três títulos mundiais (1988, 1990 e 1991). Quando a Honda deixou a equipe inglesa e a F1, no fim de 1992, Senna tinha vencido 32 das suas 36 corridas até então com motores do fabricante.
Sebastian Vettel conquistou sua primeira vitória na F1 ainda em 2008, com uma STR-Ferrari, e logo foi promovido para a RBR. No time, que usava motores Renault, o alemão passou a dominar a Fórmula 1, tendo sido vice-campeão em 2009 e tetracampeão, de 2010 a 2013. No ano seguinte, o da implantação dos motores híbridos, a Renault foi superada pela Mercedes, e Vettel teve uma temporada apagada. Em 2015, o piloto se transferiu para a Ferrari, da qual se despede em 2020.
Michael Schumacher já era bicampeão mundial e dono de 19 vitórias pela Benetton com motores Ford e Renault quando se transferiu para a Ferrari. Pela equipe italiana, o alemão construiu uma das parcerias mais dominantes de todos os tempos, e é claro que o motor esteve incluído nisso. Foram simplesmente 72 vitórias entre 1996 e 2006. Nenhum piloto ganhou tantos grandes prêmios por uma mesma equipe. Mas teve um que venceu mais com motores do mesmo fabricante.
De 2007 a 2019, Lewis Hamilton correu em duas equipes, McLaren e Mercedes, mas competiu apenas e tão somente com motores Mercedes. Por isso mesmo, todas as 84 vitórias do hexacampeão mundial foram alcançadas com unidades do fabricante alemão. Como os números de Hamilton tendem a crescer ainda mais, e o único piloto entre os dez melhores, Sebastian Vettel, pode até deixar a F1 no fim de 2020, o inglês dificilmente terá essa marca batida.

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