32º Domingo do Tempo Comum
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Leituras iniciais do 32º Domingo do Tempo Comum

Sugerimos que antes de lerem estes comentários, façam as leituras na Bíblia

1ª Leitura (2Macabeus 7,1-2.9-14)
Muitas coisas acontecem na nossa vida: nascemos, crescemos, constituímos uma família, educamos nossos filhos, trabalhamos, nos envolvemos em muitas atividades, passamos por alegrias e tristezas, alimentamos sonhos e esperanças e, por fim, tudo termina no nada da morte.
Mas terá Deus criado o homem simplesmente para isso? Eis a pergunta dramática para a qual é necessário encontrar uma resposta. O que diz a Palavra de Deus a respeito?
Os primeiros livros da Bíblia revelam, claramente que, em épocas muito remotas, os judeus não acreditavam numa outra vida. Só muito mais tarde, aproximadamente 170 anos antes do nascimento de Cristo, começou-se a falar em Israel, de um “despertar” daqueles que estão dormindo no pó da terra (Daniel 12,2), e é justamente nesse período que deve ser enquadrado o episódio da leitura de hoje.
Havia um rei perverso chamado Antíoco que queria obrigar os israelitas a abandonar a fé e a prática religiosa dos seus antepassados: perseguia, torturava, castigava severamente quem transgredisse suas ordens. Certo dia quis obrigar uma mulher e seus sete filhos a violar a lei, obrigando-os a comer carne de porco (ver.1-2).
O trecho de hoje relata as corajosas respostas dos primeiro quatro irmãos: constituem uma profissão de fé na ressurreição dos mortos, nunca apresentada antes no Antigo Testamento.
Não devemos, porém, pensar que a fé desses irmãos na existência de uma outra vida, seja a mesma da nossa fé na ressurreição. Eles não conseguiam ainda imaginar o que Deus realizaria, um dia, quando fizer surgir seu Filho do Sepulcro.

2ª Leitura (2Tessalonicenses 2,16-3,5)
Entre os cristãos de Tessalônica havia, sim, algumas tensões e alguma ideia teológica um tanto errônea, um certo fanatismo, mas, de um modo geral, a vida da comunidade era bastante satisfatória. Na primeira parte da leitura (vers.16) Paulo suplica ao Senhor para que confirme os corações de todos nesta boa disposição.
Na segunda parte (3,1-5) convida os tessalonicenses a rezar para que a Palavra de Deus, que já produziu tantas transformações no meio deles, que seja difundida e conhecida por todos os homens, que rezem também por ele, Paulo, em vista das dificuldades que deverá enfrentar pois são muitas as pessoas que lhe devotam ódio e procuram destruir aquilo que ele constrói.
Em nossos dias, também, todos os que se dedicam à causa do Evangelho devem saber que passarão pelas mesmas provas que Paulo suportou. Onde buscar forças para não reagir o mal com o mal, a desonestidade com desonestidade?
Paulo sugere o caminho para nunca serem derrotados: confiarem-se ao Senhor através da oração para manterem-se unidos a Ele, para terem a serenidade, a calma e a paz interior, para amar também a quem pratica o mal.
Estas sugestões de Paulo valeriam mais ainda nos nossos dias aos catequistas, aos responsáveis pelos ministérios das nossas comunidades?