33º Domingo do  Tempo Comum
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Diácono Bartolomeude Almeida Lopes
Paróquia São Judas Tadeu

Evangelho (Mc 13,24-32)

 

“Em verdade vos digo,esta geração não passará até que tudo isto aconteça.”

Duas leituras de hoje, a primeira e a terceira, começam com uma fórmula quase igual: “Naquele tempo”, “Naqueles dias”. Mas, contrariamente ao habitual, desta vez não se faz alusão a um tempo que está atrás de nós, o tempo em que Jesus dizia ou fazia alguma coisa, mas sim a um tempo que está adiante de nós.
Entre nós e esse tempo há no meio algo de muito sério: uma época de desolação (primeira leitura) e uma grande tribulação: e esta leitura mostra uma linguagem apocalíptica que afirma que o fim dos tempos mostrará ou manifestará, para alguns a vida eterna, para outros o opróbio eterno, de acordo com a escolha de cada um ou quem fez a opção de escuridão (tropeça e cai); já os que andam com a luz de nosso senhor Jesus Cristo não tropeçam e não correm o risco de cair.
Todo ano, várias vezes no ano, encontramo-nos diante desta página obscura e ameaçadora do evangelho: “O sol escurecerá, a lua não dará seu resplendor”. Jesus fala aqui dos “novíssimos”, isto é, do fim da história, do Seu retorno final como juiz dos vivos e dos mortos – daqueles que naquele momento estão ainda em vida e, daqueles que dormem no pó da terra – (primeira – leitura); alguma coisa distante, um dia que ninguém teve sequer tempo de indagar.
Prosseguindo no mesmo trecho evangélico, lemos frases como estas, que retomam a mesma a questão: “O filho do homem está próximo, as partes… não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”, e noutro ponto: “Vereis o filho do homem…”. A nossa fé, a criação e toda a história humana caminha para um ponto final. Este fim não será simplesmente o término do caminho, mas a sua plenitude, a finalidade, a consumação.
O universo vai evoluindo, a história caminhando, mas aonde esse caminho nos leva? Com palavras e ideias corretas, a escritura sagrada nos ensina que tudo terminará em Jesus o Cristo glorioso, que por sua morte e ressureição tornou-se senhor e juiz de todas as coisas. Vede bem: a criação não vai para onde indica a moda; a história humana não caminha para o absurdo! Eis aqui o essencial, que o evangelho de hoje nos coloca com palavras impressionantes: “Então verão o filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória!” ou seja: tudo quando existe caminha para Cristo, aquele que vem sobre as nuvens como Deus, aquele que é o nosso juiz porque como FILHO do HOMEM, experimentou a nossa fraqueza e se ofereceu uma vez por todas em sacrifício por nós! Vede irmão: O nosso salvador será também o nosso juiz!
Aquele que está à direita do pai, e de lá virá em sua glória, para levar à consumação todas as coisas, é o mesmo que se ofereceu todo ao pai, por nós; para nos santificar e nos levar à perfeição! Nosso juiz é o nosso Salvador! Quanta esperança isto nos traz, mas também quanta responsabilidade! Que faremos diante do seu amor? Que diremos àquele que por nós deu tudo, até a própria vida para nossa salvação? Que amor apresentaremos a quem tanto nos amou?
Somos convidados a pensar sobre o AMOR daquele que deu a vida por nós!

Louvado seja Nosso
Senhor Jesus Cristo!