O papel do cristão na política: porque nossa fé também se vive nas urnas
Neste domingo, 6 de outubro, nós, brasileiros, iremos às urnas escolher nossos novos governantes municipais. Este exercício da cidadania é um dever e um direito de todos, que devem exercê-lo com responsabilidade, pensando no próximo, no bem comum e na construção de uma sociedade mais justa e fraterna, onde todos possam ter vida digna.
Como cristãos, nossa fé também se vive nas urnas, com responsabilidade e discernimento, sempre inspirados pelos valores da Doutrina Social da Igreja. Pensando nesse momento, a Diocese de Jundiaí propõe algumas reflexões sobre nossa responsabilidade diante das eleições, a contribuição da Igreja e nosso papel como cristãos.
Confira abaixo:
Ser cristão é mais do que ir à missa ou rezar; é participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e fraterna. A política é uma ferramenta poderosa para isso, como o Papa Francisco nos exorta na Fratelli Tutti (n. 180): “é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas de caridade, porque busca o bem comum”.
A Igreja não toma posição ideológica ou partidária, e nem recomenda candidatos. “A Igreja que, em virtude da sua função e competência, de modo algum se confunde com a comunidade política, […] é, ao mesmo tempo, sinal e salvaguarda do caráter transcendente da pessoa humana”. “A Igreja respeita e promove a liberdade política e a responsabilidade dos cidadãos”. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2245)
A política não é algo “sujo” como muitos dizem. Ela tem um papel crucial na organização da sociedade e na garantia de direitos e deveres básicos. “A religião cristã e as outras religiões só podem dar o seu contributo para o desenvolvimento, se Deus encontrar lugar também na esfera (…) política.” (Caritas in Veritate, n. 56 – Papa Bento XVI)
A Doutrina Social da Igreja (DSI) nos ensina que a política deve estar a serviço da dignidade humana, da justiça social e do bem comum. Esses valores são fundamentais para construir uma sociedade mais justa. “A doutrina social é o anúncio de fé que o Magistério faz diante das realidades sociais.”
Nossa participação vai além do voto. Como cristãos temos a responsabilidade de acompanhar e cobrar os eleitos para garantir que suas ações estejam em linha com o bem comum, inspirado nos princípios da Doutrina Social. “Com a sua doutrina social, a Igreja não persegue fins de estruturação e organização da sociedade, mas de cobrança, orientação e formação das consciências.” (Compêndio da DSI, n. 81)
Nestas eleições, lembre-se: votar com consciência é um ato de fé e caridade.
O seu voto pode mudar o futuro! Vamos fazer a diferença!
(texto elaborado pelo Setor de Comunicação da Diocese de Jundiaí)
Oração do Eleitor
Convidamos todos a, antes de saírem para votar, reservarem um momento para oração, pedindo a Deus que guie essa importante escolha: