Não é de hoje que a Igreja Católica insiste na questão da evangelização dos ambientes. Dentro da sua vocação específica, cada batizado é chamado a iluminar com a Verdade de Cristo os locais em que está presente. Seja na escola ou no trabalho, no condomínio ou com os familiares e amigos, cada cristão precisa oferecer o seu testemunho de Fé nos acontecimentos concretos do cotidiano.
É justamente isso o que Wagner R. Bruyn realiza com a publicação do e-book “Onde Está Deus nas Empresas?”, uma publicação independente. A pergunta central da obra é: por que atitudes cristãs são tão raras no ambiente corporativo? O autor procura responder a essa questão compartilhando sua experiência à frente do Instituto Bruyn, que atua nesse setor. O trabalho tem prefácio deste que vos escreve e pode ser encontrado no Instagram: @institutobruyn_edu.
Assim como tantos outros, o ambiente corporativo também necessita de evangelização e isso por vários motivos. Via de regra, há nas empresas e grandes corporações uma mentalidade de rivalidades exacerbadas, competições excessivas, vitória a qualquer custo, etc. Tão maligno quanto o socialismo marxista, que impede o empreendedorismo e o progresso por cancelar a liberdade e a criatividade, é o capitalismo selvagem que transforma seres humanos em números descartáveis e prefere o progresso em detrimento dos valores cristãos.
Uma das moedas mais valiosas no mundo da indústria e do comércio, do terceiro setor e do empreendedorismo, é a experiência. Esta não pode ser comprada, somente vivida. Não pode ser vendida, mas pode ser compartilhada. Aprende-se mais com a experiência de alguém do que com meses e meses de algum estudo. A experiência do outro sempre pode servir para a nossa própria, isto é certo.
Neste sentido, valiosa contribuição é a presente obra. O autor, com larga experiência no mundo corporativo, sendo ao mesmo tempo um católico de gabarito faz, ao longo de mais de uma centena de páginas, uma verdadeira partilha de suas experiências pessoais na lida da contradição diária de ser cristão em um ambiente muitas vezes entregue ao materialismo e distante de qualquer tipo de espiritualidade, quanto mais a cristã-católica.
Espero que cada leitor possa usufruir com alegria este conteúdo, pois foi a sensação que tive no folhear de cada página. É ótimo saber que há pessoas preocupadas em não se deixarem levar por certas “filosofias” e “ideologias” no universo corporativo e o autor é uma dessas, graças a Deus!
Afinal de contas, como diz a Sagrada Escritura, de que adianta alguém conquistar o mundo inteiro e perder a própria alma? Realmente esta é uma conta que não fecha, sempre negativa no saldo. É preciso testemunhar não ser impossível conciliar os valores do Evangelho com o cotidiano das empresas e do mundo dos negócios.

Amém.