Janelas  do Vaticano
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Em outubro deste ano a Igreja celebrará os 62 anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II. Uma data de grande importância nos últimos anos, pois o Concílio celebrou a união da Igreja com Cristo, irradiando a reta vida mística e social da Igreja. O anúncio de um Concílio Ecumênico em 25 de janeiro de 1959, na festa de conversão de São Paulo Apóstolo, feito por São João XXIII, foi algo totalmente inesperado, que causou espanto, mas ao mesmo tempo um grande fervor e expectativa na celebração do Concílio.
Foram três anos de preparação e muita oração em que, o Vaticano recebeu inúmeras demandas das realidades que permeavam a Igreja naquele momento. Era um tempo de revigorar a fé cristã, em especial a vitalidade à vida religiosa e católica.
Iluminada pela luz do Concílio, a Igreja engrandeceu suas riquezas espirituais, recebendo assim, nova vitalidade para olhar ao futuro e, desta forma, iniciar um diálogo com as novas realidades que se formaram no mundo, com o intuito de que homens e famílias se voltassem devotamente para as coisas sagradas.
A celebração do Concílio Ecumênico Vaticano II teve objetivo central, de fazer com que o deposito da fé e a sagrada doutrina cristã, fosse ensinada de forma mais eficaz e que realmente chegasse a todos os povos de forma, a ser melhor assimilada. A doutrina da Igreja entende o homem como corpo e alma, conduzindo desta forma, o homem para a Pátria Celeste.
Mas, para que a doutrina esteja presente na vida do homem, é preciso que a Igreja não se separe do cotidiano da vida moderna, fazendo parte desta forma, da vida social do homem, para que se abram novos caminhos apostólicos de evangelização, de acordo, com as realidades temporais, atingindo assim, os múltiplos níveis de atividade humana.
O Concílio Vaticano II não buscou iniciar uma nova doutrina na Igreja, renegando aquilo que os Padres da Patrística realizaram, nem tão pouco, renegando a herança história e milenar da Igreja, também não fechou os olhos para a Sagrada Tradição Apostólica. Pelo contrário foi ao encontro de uma sociedade em transformação, para um intenso e atual diálogo da fé da doutrina, oferecendo ao homem não riquezas terrenas, mas a felicidade eterna, elevando o homem da condição de escravo do pecado para a qualidade de Filhos de Deus. A luz de uma doutrina vivificante que tem à frente o Cristo Ressuscitado, perfeita revelação de Deus na plenitude da caridade cristã.
Infelizmente, passados 59 anos daquele 7 de Dezembro de 1965, muitos cristãos católicos ainda não entendem as janelas abertas do Vaticano para a sociedade e fecham-se, de modo a não aceitar o diálogo com o mundo moderno, ignorando os documentos e constituições conciliares. Contudo, esforça-se a Igreja na constante vida de oração pela unidade de seus filhos a partir do Cristo.
A renovada forma de levar o rosto de Cristo a todos e o introduzi-Lo nos inúmeros ambientes do cotidiano humano, foi o grande motivo da sua realização.
Que Maria Santíssima nos dê a cada dia, a graça de ser cristãos missionários que em comunhão com o sucessor de Pedro, reconhece a autoridade do Concílio Vaticano II e parte para ser uma Igreja em saída.