Luta de classes
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A literatura marxista apresenta um sem número de obras, cheias de linguagem acadêmica e frases de efeito, para explicar a questão da luta de classes. Os argumentos são recheados de boas intenções, com a balança sempre pendendo para o lado que alguém escolha para ser o “oprimido”. Este, obrigatoriamente, será sempre o maior injustiçado diante da outra parte, sempre denominada “opressora”.
A luta de classes, porém, serve ao antigo objetivo estratégico do “dividir para conquistar”. Não é de hoje que se sabe: um povo é mais facilmente dominado quando se identifica suas diferenças e rivalidades para explorá-las. Permanecendo em estado de litígio constante, um grupamento não consegue identificar e combater inimigos externos.
Esta tática também serve ao propósito de tirar o foco do que é importante na vida de uma sociedade. Enquanto gasta-se um tempo infinito discutindo bobagens, o que é essencial fica à margem e nunca resolvido. Isso faz a confusão crescer exponencialmente, mas só entre o povo. Geralmente os governantes ou seus oponentes sabem exatamente o que fazem.
Não só o mundo, mas principalmente o Brasil, é campo fértil para toda espécie de luta de classes. Para desunir brasileiros e brasileiras, os comunistas exploram toda e qualquer diferença. As principais e maiores rivalidades artificiais são entre: homens versus mulheres, jovens contra adultos, brancos versus negros, católicos contra protestantes e por aí vai.
Enquanto isso, no Congresso Nacional são aprovadas leis que moldam a vida social e afetam a vida de todos, sem que a imensa maioria do povo perceba. Porte e uso de drogas à granel? Passa. Enquanto isso discute-se a “gordofobia”. O aborto é paulatinamente liberalizado? Sim. Mas o importante é a rivalidade entre Corinthians e Flamengo. Uma lástima!
Engana-se quem pensa que a luta de classes não adentra aos lares, escolas e comunidades religiosas. As teorias marxistas ensinam aos jovens a rebeldia e que seus pais não são de confiança. Nas escolas a ideologia de gênero é ensinada às crianças e os que desaprovam essa bobagem ganham inimigos em todas as partes. Na Igreja há padres “progressistas” e “tradicionais”, quando a fidelidade ao Evangelho seria suficiente.
Qual a solução para a luta de classes? Do ponto de vista social, sair da influência marxista que a promove e faz com que os segmentos da sociedade se digladiem eternamente. Se brigar e discutir resolvesse, todos os problemas do mundo já estariam resolvidos há séculos. Deixando de lado picuinhas e questiúnculas, sobrariam tempo e seriedade para resolver o que fosse realmente urgente e importante.
Do ponto de vista da Fé, podemos partir de vários trechos da Sagrada Escritura, mas sempre prefiro aquele que o Apóstolo Paulo eternizou em sua Carta aos Gálatas: “Não há mais judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus”. Se Deus nos concedeu a vida e nos fez diferentes, a Fé no Filho de Deus deve ser a grande questão que nos une e nos torna iguais.

Amém.