Recebemos um grande presente: o Espírito Santo
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Estamos às portas do mês de maio e o adentramos contemplando as maravilhas do Tempo Pascal: alegrias e esperanças anunciadas no Tempo da Quaresma, concretizam-se na Ressurreição de Cristo, assim vivemos este tempo forte da liturgia, meditando o grande mistério da Ressurreição, que nos proporciona uma vida nova em Cristo e nos prepara para a celebração de Pentecostes.
Essa grande festa da Igreja celebra o dia em que os apóstolos receberam o ardor missionário de seguir e propagar a Igreja por todos os lugares e a anunciar o Evangelho a todos os povos. Não nos restam dúvidas, que com a vinda do Espírito Santo, iniciava-se na história da Igreja um novo ciclo. A eclesiologia começava a tomar forma e vida, com a formação de novas comunidade/igrejas que iam se organizando, graças aos trabalhos missionários dos apóstolos.
O Espírito Santo é essencial na vida cristã, sua presença nos garante o aprendizado e a sua verdade ilumina nosso discernimento para viver nosso cotidiano segundo os mandamentos do Evangelho e da Igreja . São João Paulo II afirma que: “A sua primeira tarefa [do Espírito Santo] é pôr em prática todas as possibilidades cristãs e evangélicas escondidas, mas já presentes e operantes em cada cristão.” Vejamos, o que são essas possibilidades cristã: é a presença do Espírito de Deus em cada uma de nós, que assumimos os valores do Evangelho como conduta de vida.
Vivemos em um mundo pós-moderno permeado de paixões passageiras, onde tudo é vivido com grande intensidade e momentaneidade, mas logo a seguir o homem cai em um grande vazio existencial. Isso causa uma enorme dificuldade para a Ação Evangelizadora ocupar espaço na sociedade e dar fruto segundo a Palavra de Deus. Assim temos esse grande presente, o Espírito Santo, que aguça nossas capacidades, para enfrentar os desafios do secularismo.
A solenidade de Pentecostes é o sinal de que Jesus não nos deixou órfãos com sua partida para o Pai. Mas não por isso devemos deixar de lado nossa vida de oração. Nossa súplica ao Pai em cada oração, faz nos aproximar de Deus e consequentemente do Espírito Santo, que santifica e multiplica nossos dons a serviço da evangelização.
A cultura pós-moderna e suas características de materialismo, secularismo, materialismo e pluralialismo, exige de todos nós cristãos missionários uma acentuada dinâmica de vida em oração para que nossa caminhada cristã, seja permeada pelo Espírito Santo e, com isso, sejamos guiados dentro dos princípios e valores do Evangelho, para que possamos com seu ardor, enfim, renovar a face do mundo.
Perante esse ardor missionários que recebemos do Espírito Santo, qual é nossa resposta para esse chamado? Somos cristãos que assumimos nosso papel de dar testemunho de uma vida pautada pelo Evangelho e, com isso, testemunhando com nossas ações o Cristo Ressuscitado, mudando os ambientes em que estamos inseridos? Ou continuaremos escondidos, mesmo tendo recebido o Espírito Santo, que potencializa nossos dons e nos faz sermos mais aguerridos para a vida missionária?
Que Maria interceda cada vez mais por nós, para que possamos discernir cada vez mais nossa vocação cristã.