Domingo de Ramos da Paixão do Senhor
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por Diác.Raimundo Bezerra Neto
Paróquia São Judas Tadeu

“Que quereis então que eu faça com o rei dos judeus?”

Evangelho (Mc 14,1-15,47)

 

Com a Liturgia de Ramos iniciamos a Semana Maior. Nesta Liturgia é nos apresentado um Deus que se faz presente, que por amor desce, partilha nossa humanidade fazendo-se servo e se entrega à morte para que toda a maldade seja vencida.
A Liturgia nos convida, de um modo especial à observar o que temos feito para expressar nossa gratidão ao Senhor que sempre agiu e age com Misericórdia para todos nós. Aquela mulher derrama todos os seus valores, o mais importante dela sobre O Senhor. E nós (eu), em quem tenho derramado todo o meu ser? É incrível como ficamos intimidados com as críticas ao fazer alguma coisa na Igreja de Nosso Senhor! Aquela mulher ouviu todas as críticas, mas nada a impediu de ela seguir seu objetivo. Este objetivo foi visto por Jesus.
Nosso Senhor vêr nossos objetivos, nossas intenções e não nos deixa à mercês, O Senhor nos defende tal como defendeu aquela mulher. Que bom saber que temos alguém vendo nossas intenções, nossos esforços, e é o próprio Jesus!
Bonito quando O Senhor instrui seus seguidores, e eles O ouvem, são felizes em sua Missão. “Os discípulos encontraram tudo como Jesus disse” (cf 16). O mesmo Jesus que instruiu seus primeiros seguidores instrui cada um de nós, Ouçamos o que O Senhor nos diz e sejamos fieis à sua voz! Quantas vezes não somos felizes em nossos planos porque não escutamos O Senhor!
A Liturgia nos convida a olhar para nosso interior. Olhar para nossos atos. Muitas vezes estamos na Igreja, mas estamos tão longe do Senhor. Jesus diz que um entre aqueles que estavam com Ele iria trair. Que triste, muitas vezes estamos na Igreja e traímos O Senhor com nossos atos para com nossos irmãos!
Jesus renova a Aliança com seus seguidores. Ao redor da mesa com o Pão e Vinho, pronuncia a benção e entrega aos seus amigos. Alimentado, Pedro não quer deixar O Senhor, deseja seguir seus passos, fazer a Vontade do Senhor em sua vida. Que todos nós, alimentados pela Santa Eucaristia possamos desejar seguir O Senhor!
Na Liturgia do 5º Domingo da Quaresma (Ano B), Jesus se apresentava angustiado. Na Liturgia de hoje, nosso Senhor diz que a alma está triste até a morte e ordena a vigiar (f. 34). O Senhor mesmo angustiado, mesmo com uma profunda tristeza, se lança na Presença do Pai e ora. Bonito que Nosso Senhor não pede para tirar Dele a tristeza, por exemplo, ou qualquer outra situação, ele apresenta sua vontade, claro, mas muito mais que que apresentar sua vontade, deseja fazer a vontade do Pai. Que possamos nos desprender de nossas vontades, de nossos interesses e desejar que seja feito conforme o Senhor pensa e quer para cada um de nós, que possamos aceitar a vontade Dele em nossa vida, pois Ele mesmo nos sustenta.
Aquele povo teve a oportunidade de optar por Jesus, no entanto optaram por Barrabás. Que pena! Quantas vezes eu também faço ‘minhas opções!
Que o Senhor nos ajude!