Ditadura comunista  é pleonasmo
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porPe. Salathiel de Souza

A palavra “ditadura” significa “governo de uma só pessoa”. É uma invenção da fase republicana da Roma Antiga. Quando os poderes não se entendiam, nomeava-se um ditador. A intenção era evitar derramamento de sangue e guerra civil. Chegava-se a um consenso para nomear um ditador, a quem eram dados plenos poderes por quatro ou cinco anos. Ele colocaria cada poder em seu devido lugar e então terminava a ditadura.
Nunca houve, não há hoje e jamais haverá amanhã qualquer tipo de governo comunista, em nenhum ponto do planeta, implantado pacificamente, democraticamente e com livre aceitação da massa popular. São todos instalados à base da força militar, da eliminação de opositores, do cancelamento de direitos e liberdades civis, etc. Os maiores ditadores da história humana são todos comunistas.
Veja Lenin, Stalin, Mao Tse-Tung, Pol Pot, Fidel Castro, Hugo Chaves, Nicolás Maduro, Daniel Ortega, Vladimir Putin e Xi Jinping (para ficarmos somente em dez deles). Além do assassinato de milhões de pessoas, eles têm outras coisas em comum. Foram filhos da pobreza e nenhum comunista gosta de ser pobre.
Para fugir disso, galgam postos na política ou nas forças de segurança e tornam-se chefes, pessoas com influência. Mentem e matam, roubam e traem com o objetivo de chegar ao topo do regime. Alcançado o objetivo, instalam-se numa ditadura e jamais ficam pobres novamente. Desafio quem encontre um líder comunista pobre. É igual a roda quadrada: não existe.
Quando um ditador comunista chega ao poder, ninguém percebe na hora. Fidel Castro, primeiro-ministro de Cuba em 1959, era uma incógnita. A imprensa norte-americana ajudou a criar dele uma imagem romântica de paladino da justiça em favor dos desvalidos. Ele mesmo afirmou, em entrevistas, não ser comunista. Depois, deu no que deu e os cubanos vivem sob uma ditadura de quase cem anos.
Em alguns países o povo local conseguiu exorcizar esse demônio. Mas são raros os casos de sucesso. Na maioria das vezes troca-se um diabo por outro. Sai o ditador e adivinha quem toma o poder depois? Outro ditador, ainda que diferente do anterior.
Quando sobe na cama da gente, ninguém sente a presença da aranha mesmo depois que ela encosta em nós a sua primeira perna. Assim são as ditaduras. Elas chegam de mansinho e cheias de intenções, igual ao diabo. Mas essa primeira perninha é fatal. Se o preço da liberdade é a eterna vigilância, a omissão e o silêncio de uns, a covardia e a corrupção de outros são os fatores que levam a aranha comunista sentir-se livre para agir.
Uma ditadura só pode ser plenamente vencida quando todos os cidadãos adquirem um alto padrão no seu senso moral e cívico. Por que milhões de pessoas se deixam subjugar por apenas um ditador e meia dúzia de paus mandados? Essa foi a grande pergunta que levou La Boétie ao seu tratado sobre a servidão voluntária. Os que sabem o valor da Verdade, do livre-arbítrio e outros direitos, jamais se curvam a qualquer tipo de ditadura.
Amém.