4º Domingo do Tempo Comum
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Diác. Estêvão Scalet
Paróquia Nossa Senhora da Candelária

“Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”.

Evangelho (Mc 1,21-28)

Neste domingo vemos |Jesus que chegando a Cafarnaum vai à sinagoga, como nós fazemos aos sábados ou domingos participando das missas. É provável que Jesus tivesse sido convidado, nesse dia, para comentar as leituras feitas. Ele aceitou o convite e, de uma forma original, diferente dos comentários que as pessoas estavam habituadas a ouvir dos escribas que eram estudiosos das Escrituras.

As pessoas ficaram maravilhadas com as palavras de Jesus, porque Ele ensinava com autoridade. Os escribas costumavam repetir as tradições dos rabinos e as opiniões dos mestres do passado. Jesus é diferente. Não repete lições que aprendeu dos mestres. O que Ele diz vem da sua experiência de Deus. É uma palavra livre, sincera, convincente, que mexe com os corações. As pessoas que O escutam percebem que as suas palavras vêm de Deus e têm a marca de Deus.

A autoridade que se revela nas palavras de Jesus manifesta-se, também, em ações concretas Na sequência das palavras ditas por Jesus e que transmite aos ouvintes um sinal forte da presença de Deus, Jesus vê na sinagoga um homem com um espírito impuro. Os judeus estavam convencidos que todas as doenças eram provocadas por “espíritos maus” que se apropriavam dos homens e os tornavam prisioneiros. Na perspectiva das pessoas dessa época, esses “espíritos maus” que afastavam os homens de Deus tinham um poder absoluto, que os homens não podiam, com as suas frágeis forças, ultrapassar. Acreditava-se que só Deus, com o seu poder e autoridade absolutos, era capaz de vencer os “espíritos maus” e devolver aos homens a vida e a liberdade perdidas.

Esse homem possuído tenta dialogar com Jesus, mas Jesus faz o espírito impuro calar-se e sair daquele homem. Diante da proposta libertadora que Jesus veio apresentar, em nome de Deus, os “espíritos maus” ficam inquietos, pois sentem que o seu poder sobre a humanidade chegou ao fim. A ação da cura do homem “com um espírito impuro” constitui a prova de que Jesus traz uma proposta de libertação que vem de Deus; pela ação de Jesus, Deus vem ao encontro da pessoa para salva-la de tudo aquilo que a impede de ter vida em plenitude.

Jesus veio ao encontro dos homens para liberta-la de tudo aquilo que lhes rouba a vida. A libertação que Deus quer oferecer à humanidade começa a acontecer para aqueles que aderem à catequese de Jesus. O “Reino de Deus” instalou-se no mundo. Jesus, cumprindo o projeto libertador de Deus, pela sua Palavra e pela sua ação, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do egoísmo, do pecado e da morte.

Jesus é o messias que Moisés anuncia na 1ª leitura, aquele que irá falar tudo o que Deus lhe ordenar. O próprio Deus estará com Ele e Ele com Deus.

Portanto devemos preocupar-nos com a nossa salvação vivendo os ensinamentos de Jesus e não com as coisas deste mundo como nos fala Paulo em sua carta aos Coríntios.

Deus os abençoe.